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Orquestra Imperial faz homenagem a Rita Lee em Salvador

Banda se apresenta na sexta (1), na Casa Rosa, com versões de sucessos como Lança Perfume e Ovelha Negra

  • Foto do(a) author(a) Roberto Midlej
  • Roberto Midlej

Publicado em 30 de novembro de 2023 às 06:00

Orquestra Imperial
Orquestra Imperial Crédito: Rogerio Von Kruger/divulgação

Em agosto deste ano, Nelson Motta fazia a curadoria do festival Doce Maravilha, no Rio de Janeiro, e resolveu convidar a Orquestra Imperial para uma apresentação apenas com canções de Rita Lee. A ideia foi tão bem recebida pelo público que a banda resolveu estender o projeto para outras cidades e finalmente chega amanhã a Salvador. O show vai ser na Casa Rosa, no Rio Vermelho.

No repertório, sucessos de Rita, como Chega Mais, Ovelha Negra, Ando Meio Desligado e outras canções das mais diversas fases da ex-Mutante. “É um projeto da Orquestra para reverenciar Rita. E todos nós, da banda, temos uma proximidade e uma admiração pela obra de Rita e Roberto [de Carvalho, viúvo e parceiro da cantora]", diz a baiana Emanuelle Araújo, uma das vocalistas da Orquestra.

A Orquestra Imperial é uma big band que foi criada em 2002, por músicos como Kassin e Berna Ceppas, que continuam no grupo até hoje. Uma das motivações daquela reunião era relembrar a gafieira com um show alegre, divertido e que tinha, inevitavelmente, um tom nostálgico. No repertório, havia desde pérolas do samba a covers inusitados, como Vem Fazer Glu-Glu, de Sérgio Mallandro e Owner of a Lonely Heart, do grupo britânico Yes.

Em 2004, Emanuelle Araújo, depois de uma passagem pela Banda Eva, mudou-se para o Rio e se aproximou dos fundadores da banda: é que Kassin havia produzido o primeiro álbum do Moinho, grupo que Emanuelle criou com a percussionista Lan - também baiana - e o guitarrista carioca Toni Costa.

“Depois de trabalhar com Kassin, me aproximei da Orquestra e ia assistir a algumas apresentações. De vez em quando, me chamavam para dar uma canja. Na época, a Orquestra já fazia sucesso na noite do Rio e eu fiquei impactada, achava sensacional”, lembra Emanuelle. Quando Thalma de Freitas, uma das integrantes, foi morar em Los Angeles, surgiu a chance de Emanuelle assumir o posto.

No palco, a baiana se reveza com Nina Becker, Moreno Veloso e Matheus VK. Entre os instrumentistas, são mais de uma dezena, incluindo Berna Ceppas (teclado e efeitos), Kassin (baixo), Pedro Sá (guitarra) e Felipe Pinaud, guitarrista responsável também pelos arranjos. No total, são 18 integrantes.

Dança a Dois

“Nascemos em um contexto de big band, para ressaltar os grandes bailes cariocas e para trazer a gafieira de volta, com essa coisa de dançar a dois. Agora, com as características da Orquestra, vamos para o universo de Rita”, diz Emanuelle. A seleção das canções coube aos vocalistas, que escolheram por afeto.

Por isso mesmo, Emanuelle escolheu, entre outras, Cartão Postal, do álbum Fruto Proibido (1975), quando Rita era acompanhada pela banda Tutti Frutti: “Aquele é um de meus álbuns prediletos. Dali, canto algumas canções, como Agora Só Falta Você também. E Cartão Postal é uma música muito forte para mim, que Gal [Costa] gravou e amava”.

Emanuelle cita também como um de seus favoritos o álbum de Rita Lee lançado em 1980, que ficou conhecido como Lança Perfume, devido ao sucesso dessa canção. A faixa, claro, está no show na voz dela, assim como Ovelha Negra, Mamãe Natureza e Baila Comigo.

A cantora diz que os arranjos do álbum de 1980 são similares aos da Orquestra Imperial: “Principalmente por ter aqueles naipes e arranjos melódicos de corda e sopro. Isso nos aproxima da espinha dorsal de Rita”. Quando surgiu o convite para montar este show, Rita Lee ainda estava viva, mas a cantora morreu em maio, três meses antes da apresentação no festival: “Pensávamos que íamos tocar para ela, mas quando ela 'partiu', o show ganhou outro valor, o de homenagear e reverenciar o legado dela”.

Paralelamente à carreira de cantora, Emanuelle Araújo segue como atriz e tem ao menos um filme que estreia no próximo ano: Meu Sangue Ferve Por Você, baseado no romance de Sidney Magal com Magali, que era uma fã e acabou se casando com o astro. Emanuelle interpreta Graça, mãe de Magali que não aprova o relacionamento da filha com o cantor: “A mãe é quase uma antagonista daquele romance. Mas tudo é feito com muita comédia, música e amor”.

ORQUESTRA IMPERIAL TOCA RITA LEE - sexta (1º/12), às 22h, na Casa Rosa, Rio Vermelho | Ingressos: R$ 170 / R$ 85, à venda no local e no sympla.