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‘O funk será o novo reggaeton’, diz Pedro Sampaio sobre sucesso internacional do gênero

Em entrevista exclusiva para o CORREIO, DJ fala sobre sucesso da música carioca e do novo single

  • Foto do(a) author(a) Monique Lobo
  • Monique Lobo

Publicado em 12 de abril de 2025 às 10:00

Pedro Sampaio aposta em um sucesso internacional ainda maior para o funk carioca
Pedro Sampaio aposta em um sucesso internacional ainda maior para o funk carioca Crédito: Victor Bese/ Fred Othero/Divulgação

O comercial da Apple, lançado mês passado, com o ator hollywoodiana Pedro Pascal dançando uma música de Sam i & Tropkillaz com Bia e MC Pikachu mostra que o funk brasileiro furou completamente a bolha. Nas trincheiras dessa globalização do gênero musical que nasceu nas favelas do Rio de Janeiro estão artistas como Anitta, Tropkillaz, MC Kevinho, MC Fioti e um DJ cujo nome é quase um grito de guerra: Pe-dro Sam-pai-o.

Na última semana, ele lançou uma nova música, justamente com Anitta, sua parceira de outros Carnavais, e com MC GW. O nome do single, bem sugestivo para essa boa fase do gênero, é ‘Bota Um Funk’. “Acredito fielmente que o funk será o novo reggaeton. O funk é sobre batida, sentir a música, e isso ultrapassa a barreira linguística.”, disparou Pedro Sampaio em entrevista exclusiva para o CORREIO,

A música nova é uma parceria com Anitta e MC GW
A música nova é uma parceria com Anitta e MC GW Crédito: Victor Bese/ Fred Othero/Divulgação

Para ele, há um movimento forte de artistas de fora vierem buscar referências no Brasil. O que demanda cuidado com a apropriação cultural do gênero tipicamente brasileiro. “É importante a gente lembrar constantemente que o funk é nosso, nasceu e ganhou potência aqui, para que ninguém se aproprie disso em um piscar de olhos”, disse.

Neste mês de abril, o DJ inicia uma turnê na Europa e já tem quatro shows esgotados em Portugal, além de uma apresentação prevista na França. Ano passado, foi uma das atrações do Palco Galp no Rock in Rio Lisboa, no dia em que o evento alcançou maior público da sua história. “Minha contribuição [para a internacionalização do funk] vem acontecendo gradualmente e com pequenos passos, como essa agenda em Portugal. Estou muito animado para retornar pela primeira vez depois do Rock in Rio Lisboa”, comemorou.

Astro

A música nova entra para as listas de colaborações com Anitta, como “Joga pra Lua”, No Chão Novinha” e “Dançarina”, e com MC GW, como as canções do projeto Sequência e “Chama Meu Nome”, do primeiro álbum de Pedro. Ela faz parte do álbum “ASTRO”, lançado no final do ano passado, e chega como um sopro de renovação para o artista que passou os últimos meses de molho por conta de uma lesão no joelho que o afastou, inclusive, do Carnaval.

“Essa música já está pronta há um tempinho. Até então era uma faixa bloqueada. Eu já tenho uma parceria de anos com Anitta e GW, apresentei a ideia para eles e eles toparam na hora. Quis trazê-los por serem dois representantes tão potentes do funk. E escolhi esse momento para lançar justamente por anteceder a minha volta. Eu queria muito retornar aos palcos com uma música com uma energia tão pra cima quanto a de ‘Bota um Funk’”, revelou.

Enquanto esteve se recuperando da lesão, o DJ aproveitou para... trabalhar. Isso mesmo, um descanso produtivo. “E estou sempre produzindo, antes de tudo sou um DJ e produtor”, lembrou.

Nascido e criado no Méier, subúrbio do Rio, Pedro Sampaio se acostumou a ter o funk com trilha sonora desde cedo. “Minha família sempre foi suburbana. Eu nasci e cresci na zona norte do Rio de Janeiro. Sempre brinquei na rua e ouvia os funks da Furacão [2000] desde pequeno. Sinto que, como qualquer carioca, tive uma infância e adolescência próxima ao funk. E, antes de tudo, me firmei como DJ, brincando com o beat do funk que é tão único”.

A brincadeira se tornou uma marca registrada. A energia das suas batidas se mistura a sensualidade das letras e atraem um público diverso. “Minhas músicas são para as pessoas se divertirem, dançarem, sentirem um momento de alegria”, pontuou o DJ. Essa alegria encantou até os pequenos. Mesmo com letras que falam de sexo, as músicas também fazem sucesso com o público infantil.

Sem pretensão de segmentar seu repertório, Pedro explicou que adapta o setlist a depender do show, mas sua composição é livre. “Fico muito feliz que isso reverbere de maneira tão ampla, em pessoas de idades diferentes. Tento adaptar o que vou tocar no show dependendo da faixa etária do evento, mas, no geral, na hora de criar, vou no que faz mais sentido para mim no momento. No que acho que vai trazer uma energia bacana pra quem está me ouvindo”, completou.