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Nosferatu é cópia de Drácula? Entenda origens e relação dos vampiros

Nova adaptação levanta curiosidade sobre similaridades entre personagens

  • Foto do(a) author(a) Carol Neves
  • Carol Neves

Publicado em 21 de janeiro de 2025 às 09:16

Versões de Nosferatu
Versões de Nosferatu Crédito: Reprodução

Nosferatu, uma das lendas mais duradouras do cinema, está de volta às telonas com uma nova versão dirigida por Robert Eggers, conhecido por sua habilidade em criar atmosferas de terror e suspense. Estrelada por Willem Dafoe, Lily Rose-Depp e Nicholas Hoult, essa produção busca capturar o mesmo clima aterrador que o original de 1922, dirigido por Friedrich Wilhelm Murnau, gerou no público. A história do Conde Orlok, que habita um castelo isolado na Transilvânia e espera a noite para se alimentar de sangue, continua a cativar público e cineastas.

O filme de Murnau, considerado uma obra-prima do terror expressionista alemão, não foi o único a retratar a figura do vampiro icônico. Em 1979, Werner Herzog lançou sua própria versão, "Nosferatu, Vampiro da Noite", estrelada por Klaus Kinski. Com um ritmo mais lento e uma abordagem mais introspectiva, Herzog focou nas temáticas de morte, doença e solidão.

Direitos autorais

Mas de onde vem essa história, que se tornou uma das mais reimaginadas do cinema? A origem remonta ao romance "Drácula" de Bram Stoker, publicado em 1897. Para evitar problemas com direitos autorais, Murnau alterou o nome do vampiro para Conde Orlok, mas manteve grande parte da trama, incluindo o castelo isolado nos Cárpatos e a viagem de navio do vampiro para uma nova casa. No entanto, ele não obteve permissão dos herdeiros de Stoker, o que levou à queima de cópias do filme em 1925 após uma ação judicial.

Em meio a mudanças e similaridades, as histórias de "Nosferatu" e "Drácula" apresentam diferenças significativas, e cineastas ao longo do tempo misturaram elementos de ambos os universos. Enquanto o Conde Drácula, especialmente nas versões de 1931 com Bela Lugosi, é um ser sedutor que exerce controle hipnótico sobre suas vítimas, o Conde Orlok é uma criatura grotesca, com pele pálida e características de morcego. Além disso, enquanto o Drácula de Stoker transforma suas vítimas em vampiros, Orlok apenas as mata, consumindo seu sangue.

Outro ponto marcante é a relação com a luz solar. Embora o Drácula de Stoker possa ser enfraquecido pela luz do dia, ele ainda é capaz de sobreviver sob o sol. Já Orlok, como retratado em 1922 e na versão de Eggers, não pode ser exposto à luz solar de forma alguma, o que aumenta sua aura de mistério e terror.

A figura de Drácula tem se adaptado e evoluído ao longo do tempo, ganhando inúmeras versões cinematográficas, cada uma com sua própria interpretação do personagem. Desde a abordagem cômica em filmes como "Blácula" (1972) até o Drácula de Francis Ford Coppola (1992), que tenta capturar a essência trágica e religiosa da história original, o mito se reinventa constantemente.

Porém, o Conde Orlok, em suas versões mais sombrias, permanece um ser monstruoso e desumano, sem compaixão ou empatia. A versão de Murnau e a de Eggers são imersas em uma estética grotesca e perturbadora, com Orlok sendo movido por um instinto insaciável de matar, especialmente quando sente o cheiro de sangue. Este vampiro não busca seduzir, mas sim consumir e destruir, o que garante sua presença marcante no panteão dos monstros cinematográficos.