MP-RS denuncia ex-BBB Nego Di por estelionato e lavagem de dinheiro

Humorista foi preso em julho deste ano

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Publicado em 5 de setembro de 2024 às 19:52

Nego Di
Nego Di Crédito: Reprodução/Instagram

O Ministério Público do Rio Grande do Sul (MP-RS) decidiu prestar denúncia contra o humorista e influeciador Dilson Alves da Silva Neto, o Nego Di. O ex-BBB deve responder pelos crimes de estelionato, lavagem de dinheiro e uso de documento falso. 

Nego Di foi alvo de operação no dia 12 de julho deste ano, em Santa Catarina, momento em que foi preso. Nesta quarta-feira (4), o pedido de liberdade mais recente do humorista foi negado pela 2ª Vara Criminal de Canoas, de acordo com o jornal O Globo.

Além dos crimes, o promotor de Justiça Flávio Duarte, responsável pela investigação, ofereceu denúncia ao Poder Judiciário por contravenção penal de promoção de loteria na modalidade de rifas digitais.

Segundo o promotor, após análise dos materiais apreendidos na Operação Rifa$, como documentos, mídias sociais, celulares, entre outros, foi possível ter uma dimensão exata das infrações penais praticadas e dos valores obtidos pelo casal.

Crimes

A denúncia detalhou que o influenciador, por meio das redes sociais, promoveu, de forma continuada e sem autorização legal, loterias em forma de rifas digitais, entre novembro de 2022 e maio de 2024.

Nego Di distribuía prêmios em dinheiro e em bens, por meio de sorteios que renderam, em torno de R$ 2,5 milhões, referentes a mais de 300 mil transferências bancárias.

A partir de dezembro de 2023, o humorista passou a promover, de forma fraudulenta, a rifa eletrônica de uma Porsche Macan e R$ 150 mil em dinheiro, publicando vídeos na rede social e utilizando outros métodos para atrair as vítimas.

Antes de concluir a rifa, Nego Di  transferiu o veículo, que seria o prêmio principal, para terceiros, adquiriu o próprio número sorteado e ainda, para garantir a impunidade, publicou um vídeo em que anunciou um vencedor fictício para a rifa.

Nego Dia e a esposa lavaram cerca de R$ 2,5 milhões, de novembro de 2022 a maio deste ano. O esquema inicialmente consistia em enviar os valores para contas de terceiros e, posteriormente, "em novos atos de dissimulação da origem das quantias, para a aquisição de veículos de luxo, imóveis na Capital, na Serra e no Litoral gaúcho, além de gastos ordinários em benefício do casal".

Em maio deste ano, em um perfil das redes sociais, o influenciador digital postou um comprovante de transferência, na modalidade PIX, no valor de R$ 1 milhão, referente a uma suposta doação para campanha solidária para ajudar as vítimas da enchente que assolava o Rio Grande do Sul, quando, na realidade, a operação bancária verdadeira e o respectivo comprovante gerado foram de apenas R$ 100, o que configura uso de documento falso.