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Heider Sacramento
Publicado em 8 de janeiro de 2025 às 08:18
Genialidade, engajamento e representatividade foram os atributos mais citados por artistas e autoridades ao lamentarem a morte do cantor e compositor Carlos Pitta, aos 69 anos. Natural de Feira de Santana, a cerca de 100 km de Salvador, o músico faleceu na terça-feira (7) devido a complicações do diabetes. Ele estava internado no Hospital Roberto Santos, em Salvador, conforme informou sua esposa, Rita Basttos.
A cerimônia de cremação será realizada nesta quarta-feira (8), às 10h, no Cemitério Bosque da Paz, em Salvador. Nas redes sociais, manifestações de pesar e homenagens destacaram o impacto de Carlos Pitta na música popular brasileira. O governador Jerônimo Rodrigues, por meio de publicação no X (antigo Twitter), expressou solidariedade aos familiares e amigos: “Que Deus conforte os corações de todos neste momento de dor”, afirmou, definindo Pitta como um “ícone da Música Popular Brasileira”.
O prefeito de Feira de Santana, José Ronaldo de Carvalho, também emitiu nota oficial. “Carlos Pitta construiu uma carreira sólida e admirada, levando o nome de nossa cidade aos quatro cantos do mundo com sua arte”, destacou.
Artistas que conviveram com Pitta prestaram tributo ao amigo e colega. Ivete Sangalo, emocionada, relembrou o papel essencial do compositor no início de sua trajetória: “Ele me deu a mão, me deu carinho, um abraço e muita confiança. Foi essencial no começo da minha carreira, quando eu ainda não sabia o que era ser cantora, o que era ser artista”, declarou.
O forrozeiro Targino Gondim, por sua vez, homenageou o amigo com versos da canção “Cometa Mambembe”, uma das mais conhecidas composições de Pitta: “Tenha fé no azul que está no frevo.” Gondim publicou uma foto do cantor e escreveu: “Meu amigo querido e representante da nossa música! Siga em paz, irmão.”
Carlinhos Brown também exaltou o legado do artista. “Sua obra, repleta de poesia e musicalidade, deixou uma marca imortal que continuará a inspirar gerações. Carlos Pitta será lembrado com respeito e carinho por todos que tiveram a honra de vivenciar sua arte”, afirmou.
Uma trajetória que rompeu fronteiras
Com mais de 40 anos de carreira e 15 discos lançados, Carlos Pitta foi um dos maiores representantes dos ritmos regionais da Bahia, como o forró e o xote. Ele trabalhou com nomes icônicos da música brasileira, incluindo Elba Ramalho, Alcione, Dominguinhos e Caetano Veloso.
Além disso, Pitta levou sua arte para palcos internacionais, com apresentações nos Estados Unidos, Alemanha, Itália, Bélgica e no famoso Festival de Montreux, na Suíça. Sua trajetória deixa um legado que transcende as fronteiras geográficas e culturais, consolidando sua relevância no cenário musical brasileiro.