Maitê Proença fala sobre drogas e bissexualidade: 'Você varia, amplia'

Cantora namorou Adriana Calcanhotto

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  • Da Redação

Publicado em 20 de julho de 2023 às 20:18

Sempre honesta e sincera, a atriz Maitê Proença falou sobre intimidade, drogas e bissexualidade. Ela, que atualmente tem 65 anos, teve pela primeira vez um relacionamento público com uma mulher, a cantora Adriana Calcanhoto.

"Eu estava com um ser humano. Por acaso aquele ser humano era um ser humano feminino, e aí eu gostava das características daquele ser humano, que era mulher. E é isso, não é nada além disso, não vou botar eu mesma uma tarjeta na testa. As pessoas que façam isso. Eu sou livre", declarou ela, em entrevista à revista "Veja".

À publicação, Maitê afirmou que vê diferença em se relacionar com homem ou mulher. "Tem diferença sim. Por isso que é bom, você varia, amplia", disse.

Já sobre as drogas, ela diz que é parte do passado.

"Na minha época, as drogas eram uma forma de autoconhecimento. Elas não estavam ligadas ao tráfico, a gente não sabia, tinha um peso menor nessa coisa das guerras do tráfico. Era uma coisa da era hippie: ‘vamos abrir a consciência e expandir a consciência para que os preconceitos vão embora e entre o amor no lugar’. O amor compreende tudo, eu aceito o outro como ele é, diferente de mim. Nem sei o que as drogas de hoje fazem, porque as que experimentei, não tenho muita prática, foi uma ou outra, nem sei se gostei. Naquela época, elas faziam sentido e, de fato, cumpriram o objetivo de ampliação sensorial e até intelectual, da compreensão do outro. Era muita caretice não experimentar, a pessoa tinha que estar muito fechada em si, feito uma ostra. Por que é errado? Você já experimentou? Sempre é a ignorância que faz com que as pessoas julguem algo que elas não conhecem".

"Sempre fui muito fraca para drogas e bebida. Meu corpo não dá conta. Hoje em dia minha droga é a saúde, gosto mais. Até gosto de beber, mas tem que ser bem pouquinho. Se eu beber mais de uma taça de vinho, não durmo direito. Já usei canabidiol para dormir e acho super boa ideia. Tem que liberar tudo, deixar as pessoas verem o que elas precisam. Tudo poderia se beneficiar pelo bom uso, e o bom uso é o uso regulamentado", completou.