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Da Redação
Publicado em 3 de maio de 2024 às 18:51
O show da rainha do pop Madonna, que acontece neste sábado (4), na praia de Copacabana, promete abalar todas as estruturas do país. Uma das propostas do concerto é a homenagem à figuras importantes da cultura brasileira. Um dos nomes escolhidos para homenagem é o da Santa Dulce dos Pobres, o anjo bom da Bahia.
A atitude gerou uma polêmica, visto que a cantora, em 40 anos de carreira, já foi excomungada pela Igreja Católica em, ao menos, três diferentes momentos. A excomunhão acontece quando uma pessoa é expulsa simbolicamente da Igreja Católica e tida como uma persona non grata.
A primeira vez em que a cantora foi excomungada foi em 1989, após lançamento da canção "Like a Prayer". O clipe da música possui cenas em que Madonna aparece beijando uma representação de Jesus Cristo negro, em uma capela. A cantora também aparece cantando no meio de cruzes pegando fogo, uma referência ao Ku Klux Klan, que utilizava o símbolo religioso.
No ano seguinte, Madonna foi novamente colocada na lista dos indesejados por incluir em sua turnê uma coreografia com referência à masturbação na performance de "Like a Virgin". O ato é considerado um pecado pela Igreja. Na época, o papa João Paulo II disse que a apresentação era um "Circo do Diabo".
Na última excomunhão de Madonna, a cantora apresentou, durante uma turnê, em 2006, a música "Live to Tell" com uma performance em que a colocava pregada em uma cruz espelhada, com uma coroa de espinhos na cabeça, em analogia à Jesus. A apresentação deixou a comunidade católica em fúria e Madonna foi novamente banida.
Em maio de 2022, a cantora usou seu perfil no Twitter para se oferecer para conversar com o papa Francisco. “Sou uma boa católica. Eu juro. Quero dizer, eu não juro. Já se passaram algumas décadas desde a minha última confissão. Seria possível nos encontrarmos um dia para discutir alguns assuntos importantes? Fui excomungada três vezes. Não parece justo”, escreveu a cantora na época.