Acesse sua conta

Ainda não é assinante?
Ao continuar, você concorda com a nossa Política de Privacidade
ou
Entre com o Google

Alterar senha

Preencha os campos abaixo, e clique em "Confirma alteração" para confirmar a mudança.

Recuperar senha

Preencha o campo abaixo com seu email.

Já tem uma conta? Entre

Alterar senha

Preencha os campos abaixo, e clique em "Confirma alteração" para confirmar a mudança.

Dados não encontrados!

Você ainda não é nosso assinante!

Mas é facil resolver isso, clique abaixo e veja como fazer parte da comunidade Correio *

ASSINE

Luz: nova trama da Netflix tem protagonista adotada por comunidade indígena

Com foco no público infantojuvenil, nova produção estreia nesta quarta-feira (7)

  • Foto do(a) author(a) Luiza Gonçalves
  • Luiza Gonçalves

Publicado em 7 de fevereiro de 2024 às 05:00

Luz interpretada por Marianna Santos
Luz interpretada por Marianna Santos Crédito: NETFLIX

Prestes a ser abandonada ainda bebê na mata, o destino de Luz (Marianna Santos) se revela brilhante aos olhos de Baltazar (Marcos Pasquim): em um momento mágico, centenas de vagalumes levantam voo e ela nunca mais estará só. O trabalhador rural não consegue abandonar o bebê, ordem inicial de seu patrão após a morte de seu filho. A menina será criada pela comunidade indigena Kaingang até os nove anos, quando o avô descobre sua localização. É quando a garota foge e se esconde em um internato de ricos, onde fará novos amigos e tenta desvendar os mistérios de sua origem.

Esse é o ponto de partida de Luz, primeira série infantojuvenil brasileira original da Netflix que estreia hoje na plataforma. Com 4 episódios, a produção é protagonizada pela atriz mirim que já integrou as novelas Carinha de Anjo e Poliana Moça. Unindo a ambiência escolar, sucesso em títulos como Carrossel e Chiquititas, ambas na Netflix, Luz traz discussões como valorização dos povos indígenas, inclusão e diversidade, além de afeto nas relações familiares. A série tem o potencial de ser a nova queridinha das crianças e até mesmo popular entre os mais velhos.

Veja o trailer de Luz:

“Seu nome em Kaingang será Tonh, te darei muito amor e você será forte e corajosa e terá muito valor, como um diamante, Luz”, diz a anciã Gá, ao batizar oficialmente a recém nascida Luz. Interpretada pela atriz baiana Claudia di Moura, Gá é uma das líderes da comunidade indigena e será a responsável por criar a menina na localidade e nos costumes Kaingang. Uma das etnias indígenas mais numerosas do Brasil, os Kaingang ocupam atualmente 46 terras indígenas localizadas nos estados de São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul e sua população está estimada em 37.470 pessoas (IBGE, 2010).

Defendidos com orgulho por Luz, a série apresenta os valores Kaingang como o amor às crianças, coragem, autonomia. A trama também retrata elementos culturais como as pinturas, indumentárias, dança e a língua daquela comunidade, além de crenças e dinâmicas da comunidade. Para o desenvolvimento da série, parte do elenco conviveu com o povo Kaingang nas gravações. Além disso, Luz apresenta um pouco da relação tensa entre fazendeiros e povos indígenas, que promete desdobramentos nas próximas temporadas.

Gá, líderes da comunidade indígena interpretada por Claudia di Moura
Gá, líderes da comunidade indígena interpretada por Claudia di Moura Crédito: NETFLIX

No núcleo do colégio interno Prex, a narrativa ganha a alegria, diversão e aventuras de um grupo de crianças arteiras do quarto ano e o surgimento de uma dupla dinâmica: Joca e Luz. O menino, interpretado por Francisco Galvão, é o primeiro a descobrir Luz na escola e promete ajudá-la, iniciando uma bela amizade, com momentos super fofos entre os dois.

Sabina, Adri, Miguel, Nic, Otávio e Lia são as outras crianças que convivem juntas, cheias de particularidades e que se tornaram os companheiros de Luz nessa nova etapa. As cenas do colégio trazem momentos típicos da dinâmica entre as crianças: conflitos, aprendizados e amizade.

Na escola Prex, cada turma possui um professor-tutor, responsável pelos alunos fora das aulas, cabendo ao professor Marcos (Daniel Rocha) a missão de cuidar do agitado quarto ano. O professor de biologia é atencioso e dedicado aos alunos, e com ele podemos ver um dos temas mais ricos debatidos na novelinha: as relações familiares e a afetividade. Marcos representa uma figura parental para algumas crianças ‘esquecidas’ pelos pais na escola, especialmente para Joaquim, tido como levado, bagunceiro e egocêntrico.

A série explora nuances dos sentimentos de pais e filhos, começando pela motivação do vilão Carlos (Celso Frateschi): que nunca superou a morte do filho e passou a culpar a neta Luz pela perda. Apesar de ser considerada órfã de pai e mãe, Luz nunca esteve sozinha. Foi adotada e amada por Gá e pela comunidade indigena e tem em Baltazar um pai e amigo, presente em sua vida desde que a viu pela primeira vez.

Nos personagens da série Luz há um mistério: no íntimo de alguns deles há segredos que sugerem mais do que estamos vendo. É a possibilidade de novas camadas para o futuro da trama. Por hora, seguimos a protagonista Luz, guiada pelo brilho dos vagalumes, que vai descobrir novas figuras na sua família e amigos que a tornarão ainda mais forte.