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Luto perinatal: entenda possível estado emocional de Sabrina Sato após perder o bebê

A apresentadora estava à espera de seu primeiro filho com o ator Nicolas Prattes e perdeu o bebê com 3 meses de gestação; psicológo explica consequências emocionais

  • Foto do(a) author(a) Elis Freire
  • Elis Freire

Publicado em 8 de novembro de 2024 às 19:09

Sabrina Sato e Nicolas Prattes
Sabrina Sato e Nicolas Prattes Crédito: Reprodução / Redes Sociais

Sabrina Sato, apresentadora e modelo de 43 anos, perdeu o bebê que esperava do ator Nicolas Prattes, de 27 anos, com apenas três meses de gestação. O Hospital Albert Einstein, em São Paulo, confirmou o caso, que pode ter gerado um estado chamado de “luto perinatal”, segundo o psicólogo Alexander Bez.

“A paciente Sabrina Sato deu entrada no Hospital Israelita Albert Einstein no dia 5 de novembro, devido à não evolução da gestação, que ainda estava na 11ª semana. Ela recebeu alta hospitalar nesta quarta-feira (06/11)”, informou o boletim médico do hospital nesta quarta (6).

A modelo já é mãe de Zoe, de 5 anos, , fruto de seu antigo relacionamento com Duda Nagle, e está com Nicolas Prattes desde fevereiro de 2024. Nem Nicolas nem Sabrina se manifestaram sobre a perda, apenas a mãe da apresentadora Kika Sato, que apoiou o casal neste momento difícil, em suas redes sociais.

"Tudo no tempo de Deus", afirmou Kika.

Luto perinatal

O psicólogo Alexander Bez explicou ao Glow News que Sabrina Sato pode estar passando pelo luto perinatal, que ocorre quando a mãe perde um bebê durante a gestação, no parto, ou até após os primeiros dias de vida da criança.

“O luto perinatal é uma dor intensa e profunda que, muitas vezes, não é totalmente compreendida pela sociedade. Trata-se de uma perda única, pois envolve não apenas a morte de um ser amado, mas também a interrupção de um futuro sonhado, de planos e expectativas que os pais já haviam começado a construir”, afirmou o profissional.

Segundo Alexander Bez, esse luto envolve sentimentos de culpa, vazio, desamparo e pode ser marcado pela dificuldade de encontrar uma rede de apoio adequada. “Muitas pessoas ao redor, mesmo com boas intenções, não sabem como reagir ou acabam minimizando essa dor, o que pode aumentar ainda mais o isolamento dos enlutados“, disse.

Para o psicólogo, é fundamental que os pais que passam por essa experiência entendam que o luto é um processo, e que cada um terá seu próprio tempo para vivenciá-lo. “A aceitação dos próprios sentimentos e o acolhimento das dores são passos importantes para a superação. Em casos como o luto perinatal, o apoio psicológico é essencial para auxiliar nesse processo de reconexão com a vida e no desenvolvimento de uma nova forma de significado. Esse apoio não apenas oferece um espaço seguro para a expressão de todas as emoções, mas também trabalha na construção de uma narrativa que respeite a memória desse filho e permita que os pais encontrem caminhos para seguir em frente.”

Gestação tardia

Quando a notícia que Sabrina, que tem 43 anos, estava grávida veio à público, a questão da idade da apresentadora foi levantada. Nos dias de hoje, com os avanços da medicina, a gravidez de mulheres após os 40 anos é que tende a ser bem mais saudável, mas, ainda assim, podem ter riscos tanto para a mãe quanto para o bebê.

De acordo com o Ministério da Saúde e a Sociedade Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia, toda gestação após os 35 anos é considerada de alto risco devido à idade materna avançada. Tanto em países desenvolvidos quanto em países em desenvolvimento, a incidência de gestações em mulheres de 35 anos ou mais aumentou significativamente, seja por concepção natural ou por fertilização in vitro.

“Atualmente, os riscos têm sido reduzidos graças ao maior acesso ao pré-natal e à melhoria dos cuidados com a saúde da mulher”, explicou Fernanda Torras, médica ginecologista, ao Glow News.

A profissional afirmou ainda que, nessa faixa etária, as mulheres enfrentam maior dificuldade para engravidar devido à qualidade dos óvulos, além de uma maior taxa de abortamentos e um risco elevado de cromossomopatias, como a Síndrome de Down.

“Também há um aumento nos riscos tanto para a gestante quanto para o feto, como diabetes gestacional, hipertensão durante a gravidez, partos prematuros e bebês com baixo peso ao nascer”, destacou.

Porém, a doutora Fernanda Torras explicou que, com um bom planejamento e tratamento das condições de saúde antes da gestação, os riscos vêm diminuindo. “Na prática clínica, temos observado que, com o aumento da expectativa de vida da mulher e os cuidados de saúde mais avançados, é possível ter gestações com comportamento de baixo risco nessa faixa etária. Isso se deve ao fato de que muitas mulheres buscam um planejamento gestacional adequado, realizando avaliações de saúde prévias”, disse.