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Luiza Gonçalves
Publicado em 10 de novembro de 2024 às 07:47
Emocionando, animado e até mesmo nervoso, Léo Santana fez sua estreia no festival Afropunk nesse sábado (9), num show exclusivamente pensado para a ocasião. Antes de subir ao palco, ele ressaltou que estava se sentindo honrado de ter sido convidado para participar do evento. >
“Uma honra. Ter sido escolhido, ter sido convidado pra participar do Afropunk 2024 e mais especial ainda porque eu evidenciei isso lá em Angola, cantando só pra os nossos, para o povo preto, e eu falei, caramba, fazer isso em casa em Salvador tem um gosto especial”, revelou.>
O repertório foi pensado para o evento, com grandes sucessos. “Preparei um repertório totalmente voltado pra esse evento, trazendo coisas da minha carreira desde lá do início”, contou Léo, no backstage. Prometendo um setlist nostálgico, o GG iniciou ao som de Negro Lindo, e seguiu com músicas que exaltavam a periferia e povo preto como Peraí Negão e Mamoreiro, e passando por sucessos Contatinho, Zona de Perigo, Pena Bamba, Santinha Madeira de Lei, Balacobaco, Rebate no Chão e Rebolation. >
“Essa noite vai ser especial e quero voltar nas próximas edições, né? Então tem que fazer uma boa entrega”, brincou Léo nos bastidores. O público ficou animado com a seleção. Na plateia estava o casal Taís Araújo e Lázaro Ramos, que se jogou na coreografia de Zona de Perigo.>
Ele explicou também que a escolha foi baseada na representatividade. “O foco maior da gente, além dessa representatividade, você preto, pagodeiro, periférico, o meu foco maior é o repertório, sabe? Eu acho que as pessoas saem de casa pra curtir o evento, claro, que envolve toda uma questão cultural, mas sim pra ouvir o repertório dos artistas. Nesse caso como é que vai ser o show, já que é uma ocasião diferente da qual eu já me apresentei outros lugares”, pontua o artista. >
Para Léo, integrar o Afropunk representa um reconhecimento da qualidade de seu trabalho enquanto artista. “Eu me sinto orgulhoso de fazer parte dessa cidade. E chega até aqui, né cara? Eu acho que uma responsabilidade grande. Eu acho que eu inspiro muita gente. É bom reconhecer também esse lado. Porque a gente fica falando... Será que o trabalho foi legal? Eu tô fazendo um trabalho bacana. Não é a toa que eu tô aqui hoje, fazendo parte de eventos tão incríveis”, afirma.>