Cadastre-se e receba grátis as principais notícias do Correio.
Carol Neves
Publicado em 25 de janeiro de 2025 às 07:58
O cantor Leo Santana refletiu sobre as mudanças na forma como o público consome música e os investimentos feitos por artistas para se destacarem nas plataformas de streaming. Ele criticou o sistema de ranqueamento, dizendo que há músicas em primeiro lugar nas paradas que não estão fazendo sucesso de fato. "Tem músicas ‘top 1’ que nunca ouvi na rua. Algo está errado. A música é a primeira do país e quando toco não tem resposta? É muito mais dinheiro do que números reais. Já alertei amigos de que peguei músicas deles bem ranqueadas e, quando toquei, não tive resposta. Pagou a posição, mas não chegou na rua". afirmou em entrevista ao Folha de S. Paulo. >
Leo também falou sobre a discriminação que seu gênero musical enfrenta, destacando que o estilo, por ser associado às periferias e a públicos de classe mais baixa, é muitas vezes marginalizado."A discriminação vem desde sempre. É um som periférico, com ingressos muito baixos. As pessoas que acessam os paredões são de classe muito baixa. É algo notado nos detalhes —não estar em tal evento, o horário ser pior. Mas não me apego a isso", avaliou. >
Sobre as músicas com letras misóginas que estão em alta nas comunidades, Leo Santana explicou que, embora não apoie esse tipo de conteúdo, ele as inclui em seus shows se estiverem entre as mais tocadas. "São muitas horas no trio, temos que tocar o que o povo está ouvindo". >
Leo falou ainda sobre seu famoso gesto de "fazer o L", esclarecendo novamente que ele não tem ligação com política e a associação é apenas por ser a inicial do seu nome. "Longe de mim me associar a político", continuou. "Sempre tive cuidado com minhas opiniões. Nas redes, é delicado falar sobre tudo. Prefiro conversar com familiares e amigos", finalizou. >