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Leo Picon critica fim da escala 6x1 e é detonado nas redes sociais

Internautas criticaram posicionamento do influenciador, irmão de Jade Picon, e afirmaram que ele é privilegiado para opinar sobre a PEC

  • Foto do(a) author(a) Elis Freire
  • Elis Freire

Publicado em 11 de novembro de 2024 às 21:40

Leo Picon
Leo Picon Crédito: Reprodução / Redes Sociais

Leo Picon foi duramente criticado nas redes sociais após dar sua opinião nesta segunda (11) sobre a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que quer dar fim à escala de trabalho 6×1. O irmão de Jade se manifestou através das suas redes sociais e disse ser contra a proposta da deputada federal Erika Hilton, do PSOL.

O influenciador, irmão de Jade Picon declarou: "Essa PEC com o fim da escala 6×1 me parece uma cortina de fumaça pra algo, pq não é possível. Essas ideias populistas abordadas de forma rasa no fim se tornam piores para a população [...] Diminuiria investimentos privados no país que já apresenta uma taxa de juros que faz isso por si só", defendeu Leo.

A PEC propõe o fim da escala de trabalho onde os funcionários precisam trabalhar 6 dias seguidos para ter direito a apenas um dia de descanso semanal. A proposta está na fase de coleta de assinaturas no Congresso Nacional e precisa de um mínimo de assinaturas para que consiga tramitar na Casa.

Após uma enxurrada de críticas nesta segunda (11), o influenciador resolveu apagar o comentário e reformular sua ideia sobre o assunto. "Ficar menos de 2h no trânsito todos os dias, creches e escolas em período integral, não sufocar salários em impostos que não retornam, diminuir a taxa de juros, educação pública que contribua para o crescimento profissional", começou.

Leo, neste segundo post, explicou que, para ele, com a aprovação da PEC todo o peso recairia para o pequeno empresário. Ele chamou quem discorda de seu posicionamento de burro. "Falou o playboy que fica coçando o c* o dia inteiro e nunca trabalhou duro na vida", criticou uma internauta. "Por que ele está opinando sobre isso?" rebateu outra. 

"Meu pensamento é esse e se você discorda você tem todo o direito de ser burro. A burrice é plantada para que eles colham os frutos". "Em vez de me xingar, pergunte aos deputados que votaram a favor dessa PEC por que eles tb não se movimentam para que os partidos abram mão do fundão eleitoral para aliviar ou beneficiar o trabalhador. Tem muito político que ganha muito mais dinheiro que pequeno empresário e gosta de pintar eles como vilões sendo que o pequeno empresário é um grande herói na nossa economia", escreveu.

Escala 6X1

Nesse modelo de trabalho, profissionais que atuam com carteira assinada têm seis dias seguidos trabalhando em uma semana, com um dia de descanso. Ao todo, são 44 horas de trabalhos semanais máximas, aponta a CLT. Este é um modelo muito comum em várias áreas no país, incluindo mercados, comércio, restaurantes e indústria.

A proposta atual de alterar essa escala surgiu em maio, a partir do trabalho do movimento Vida Além do Trabalho (VAT), fundado pelo vereador eleito do Rio de Janeiro Rick Azevedo (Psol). A ideia é ter um equilíbrio maior entre a vida profissional e pessoal, proporcionando mais tempo de descanso e lazer para os trabalhadores.

A PEC, se bem sucedida, vai alterar um trecho da Constituição que limita a jornada de trabalho em 8 horas diárias e 44 horas semanais. A ideia é ter outras distribuições de horas - as empresas teriam que se adequar com escalas incluindo mais folgas ao longo da semana.

O VAT tem uma proposta em que a escala seja 4x3 - o empregado trabalha quatro dias na semana e folga três. Do jeito que está hoje, essa também é a versão apresentada no projeto, com carga semanal de 36 horas. Não necessariamente, porém, essa seria a proposta colocada em prática, já que a PEC, caso conquiste as assinaturas necessárias, ainda será debatida. Outra possibilidade é a escala 5x2, em que o trabalhador tem dois dias de folga na semana.

"Não podemos nivelar a proposta por baixo", disse Erika Hilton, explicando a opção pelo regime 4x3. "Essa escala e jornada são possíveis, deu certo onde foram aplicadas, representariam um salto em qualidade de vida da população", avaliou. "Sabemos que o texto terá que ser negociado no Congresso", acrescentou.