Justiça nega novo pedido de habeas corpus de ex-BBB Nego Di

Comediante está encarcerado desde o dia 14 de julho

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Publicado em 23 de outubro de 2024 às 18:48

Nego Di
Nego Di Crédito: Reprodução/Instagram

O comediante Dilson Alves da Silva Neto, o Nego Di, teve o pedido de habeas corpus negado pela Justiça do Rio Grande do Sul. O pedido de liberdade foi analisado e recusado nesta terça-feira (22). Na decisão, a juíza Patricia Pereira Krebs Tonet afirma que há "indícios de autoria e materialidade identificados ainda na fase investigativa seguem inalterados" e que a soltura de Nego Di poderia ser uma barreira para conclusão das investigações. As informações são do Correio Braziliense.

"As vítimas, na sua totalidade, reiteraram a ocorrência do estelionato – e não apenas desacerto comercial – corroborando, inclusive, a participação do réu Dilson", completou a juíza.

O ex-BBB está encarcerado desde o dia 14 de julho, quando foi preso durante operação que investiga um esquema de estelionato e lavagem de dinheiro. Outros pedidos de habeas corpus já haviam sido negado no dia 15 julho e 4 de setembro.

Crimes

A denúncia oferecida pelo Ministério Público do Rio Grande do Sul (MP-RS) detalhou que o influenciador, por meio das redes sociais, promoveu, de forma continuada e sem autorização legal, loterias em forma de rifas digitais, entre novembro de 2022 e maio de 2024.

Nego Di distribuía prêmios em dinheiro e em bens, por meio de sorteios que renderam, em torno de R$ 2,5 milhões, referentes a mais de 300 mil transferências bancárias.

A partir de dezembro de 2023, o humorista passou a promover, de forma fraudulenta, a rifa eletrônica de uma Porsche Macan e R$ 150 mil em dinheiro, publicando vídeos na rede social e utilizando outros métodos para atrair as vítimas.

Antes de concluir a rifa, Nego Di transferiu o veículo, que seria o prêmio principal, para terceiros, adquiriu o próprio número sorteado e ainda, para garantir a impunidade, publicou um vídeo em que anunciou um vencedor fictício para a rifa.

Nego Dia e a esposa lavaram cerca de R$ 2,5 milhões, de novembro de 2022 a maio deste ano. O esquema inicialmente consistia em enviar os valores para contas de terceiros e, posteriormente, "em novos atos de dissimulação da origem das quantias, para a aquisição de veículos de luxo, imóveis na Capital, na Serra e no Litoral gaúcho, além de gastos ordinários em benefício do casal".

Em maio deste ano, em um perfil das redes sociais, o influenciador digital postou um comprovante de transferência, na modalidade PIX, no valor de R$ 1 milhão, referente a uma suposta doação para campanha solidária para ajudar as vítimas da enchente que assolava o Rio Grande do Sul, quando, na realidade, a operação bancária verdadeira e o respectivo comprovante gerado foram de apenas R$ 100, o que configura uso de documento falso.