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Jornalista Cid Moreira morre aos 97 anos

Locutor foi o primeiro apresentador do Jornal Nacional

  • Foto do(a) author(a) Da Redação
  • Da Redação

Publicado em 3 de outubro de 2024 às 09:34

Cid Moreira morreu nesta quinta Crédito: Reprodução

Ícone no jornalismo brasileiro, Cid Moreira morreu nesta quinta-feira (3), aos 97 anos, no Rio de Janeiro. A informação foi confirmada pela esposa do locutor, Fátima Sampaio, ao programa Encontro, da TV Globo. 

"Desculpe o estado que estou. Passei um mês acampada aqui [no hospital], não tinha outro lugar para estar. A gente veio lutando, mas a idade não é fácil, chega para todo mundo", desabafou.

O jornalista estava internado no Hospital Santa Teresa, em Petrópolis, devido a um quadro de pneumonia. Ele também era paciente renal. Inclusive, o casal, que estava junto há quase 25 anos, se mudou para mais perto da unidade de saúde, devido à condição do locutor. Cid precisava fazer diálise. 

Segundo o Memória Globo, Cid Moreira apresentou o Jornal Nacional cerca de 8 mil vezes. Cid marcou a TV ao ser o primeiro apresentador do noticiário. Ele estava em atividade no jornalismo desde 1947. 

O jornalista nasceu em 29 de setembro de 1927, na cidade de Taubaté, em São Paulo. Ele deve ser sepultado na cidade natal, no mesmo cemitério em que a ex-esposa, uma filha e um neto estão. 

Voz de jornalista marcou gerações

Dono de uma voz icônicas do Brasil, Cid Moreira imortalizou o "Boa Noite" do Jornal Nacional. Sua voz fica marcada no imaginário do público. Em 1969, o locutor foi escalado para a estreia do Jornal Nacional, o 1º telejornal transmitido em rede no Brasil. Na época, Cid dividiu a bancada com Hilton Gomes. O apresentador ficou à frente do noticiário por 26 anos, aparecendo mais de 8 mil vezes, segundo o Memória Globo.

Por quase três décadas, Cid foi uma das principais figuras do jornalismo brasileiro e seu “boa noite” marcou a despedida do JN, ficando eternizado no jornal. A partir de 1996, William Bonner assumiu o noticiário e Cid dedicou-se à leitura de editoriais.

O jornalista ainda marcou expressões, como a famosa vinheta “Jabulaaani!” e a narração do famoso quadro de Mr. M, que se tornou um grande sucesso do Fantástico. Em 2011, o locutor gravou a Bíblia na íntegra.