Acesse sua conta

Ainda não é assinante?
Ao continuar, você concorda com a nossa Política de Privacidade
ou
Entre com o Google

Alterar senha

Preencha os campos abaixo, e clique em "Confirma alteração" para confirmar a mudança.

Recuperar senha

Preencha o campo abaixo com seu email.

Já tem uma conta? Entre

Alterar senha

Preencha os campos abaixo, e clique em "Confirma alteração" para confirmar a mudança.

Dados não encontrados!

Você ainda não é nosso assinante!

Mas é facil resolver isso, clique abaixo e veja como fazer parte da comunidade Correio *

ASSINE

Influenciadora Cíntia Chagas pede que deputado Lucas Bove seja preso; entenda

Os dois romperam o casamento após denúncias de agressões à influenciadora

  • Foto do(a) author(a) Da Redação
  • Da Redação

Publicado em 21 de outubro de 2024 às 16:34

Cintia Chagas
Cintia Chagas Crédito: Reprodução

Cíntia Chagas pediu à Justiça a prisão do seu ex-marido, o deputado estadual Lucas Bove (PL). A influenciadora entrou com o pedido de prisão preventiva do parlamentar na última quinta-feira (17). O motivo é que o político estaria descumprindo medidas cautelares impostas no processo.

Segundo a advogada Gabriela Mansur, que representa Cíntia, o deputado, que é vice-líder do PL na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) e é apontado como agressor da ex-mulher em ação de violência doméstica, desobedeceu ordens judiciais. A defesa de Cíntia sustenta que o deputado não poderia ter se manifestado direta ou indiretamente sobre o assunto nas redes sociais, conforme determinação judicial, mas, na semana passada, ele comentou sobre o caso na tribuna da Alesp e nas redes sociais. Na ocasião, ele disse que "jamais encostaria a mão para agredir uma mulher" e que "a verdade será restabelecida".

Após as denúncias de Cíntia Chagas, a Justiça concedeu uma medida protetiva que proíbe Bove de se aproximar da sua ex-mulher ou se comunicar com familiares dela, além de não poder frequentar os mesmos lugares que ela, sob pena de prisão preventiva. No pedido de prisão, a defesa de Cíntia também lembra que o acusado vazou ilegalmente uma conversa entre os dois que "compromete a vida pessoal, a intimidade e a privacidade" da vítima. O conteúdo chegou a ser publicado em um site de notícias.

O advogado de Lucas nega que seu cliente tenha sido responsável pela divulgação da conversa. Ao G1, o advogado Daniel Bialski, que representa o deputado, classificou o pedido de prisão como “absolutamente incabível”, já que ele “não infringiu nenhuma medida protetiva”. “Como figura pública, ele só se manifestou dentro da liberdade de expressão e que ‘a verdade aparecerá’. Ele respeita a decisão da Justiça e que por isso não poderia se manifestar em detalhes. O que o deputado aguarda é que a Justiça também decida que a influenciadora fique proibida de se manifestar sobre o caso”, declarou.

Além das acusações de agressão contra a ex, Lucas Bove é alvo, ainda, de um pedido de cassação protocolado na Alesp por parlamentares mulheres do PT e do PSOL, que solicitam o fim do mandato do parlamentar por violência doméstica.

Por meio de nota, a advogada Gabriela Mansur rebateu a defesa de Bove. "A decretação de prisão em casos de violência doméstica é consequência do descumprimento de medida protetiva de urgência, com base no artigo 24-A da Lei Maria Penha. É um crime contra a administração da Justiça, por desobediência à decisão judicial. Não existe qualquer perseguição injusta, irreal ou exagerada. São questões técnicas e processuais pautadas na Lei. Contra fatos não há argumentos. Lucas vem, desde o dia 10 de outubro, descumprido medida protetiva de urgência, de não mencionar fatos do processo, não dar entrevistas, não falar sobre a vida pregressa do casal direta ou indiretamente. Todos esses fatos foram relatados nos autos e estão sendo submetidos ao Ministério Público e ao Poder Judiciário", afirmou a advogada de Cíntia Chagas.

"Além do segredo de justiça, que vige em todos os processos de violência doméstica para proteção das VÍTIMAS, existe uma decisão judicial que impede Lucas de "marcar' ou mencionar o nome da vítima e de seus familiares em postagens que ele faça em quaisquer redes sociais, ou outro meio de comunicação, bem como comentar postagens de qualquer um deles ou envie qualquer tipo de mensagem", disse.

"Também foi determinado que o requerido se abstenha de enviar ou divulgar em qualquer rede social, sua ou de terceiro, ou por qualquer meio de comunicação, vídeos, imagens, fotografias, ou qualquer forma de mídia que contenha conteúdo íntimo ou privado pertencente à requerente ou relacionado à sua figura, sob pena de, em caso de descumprimento, ser qualificada a conduta do requerido, nos termos do inciso III, do artigo 313, do Código de Processo Penal, acrescentado pela Lei n.11.340/06, para fins de ter decretada sua prisão preventiva; sem prejuízo de se ver reconhecida também a prática do crime de descumprimento de medida protetiva, previsto no artigo 24-A, da mesma legislação”, completou.

Cíntia Chagas e Lucas Bove terminaram o casamento em outubro de 2023, sete meses após se casarem na Itália. Segundo a influenciadora, as ameaças e agressões começaram dois meses antes, quando ela se recusou a parar um jantar para tirar foto ao lado de Jair Bolsonaro (PL) e da esposa, Michele Bolsonaro (PL).

“O que fez com que a relação acabasse foi o fato de ele ter me expulsado de um casamento ao qual fomos em Ribeirão Preto, no interior de São Paulo. Eu não quis parar meu jantar para fazer uma fotografia com ele [e com Michelle e Jair Bolsonaro]. Depois ele quis que eu voltasse, eu recusei, e ele veio correndo, tentando achar o carro na rodovia”, contou.

“Quando ele chegou à nossa casa, em São Paulo, em um intervalo mínimo de tempo, ele quis que eu voltasse com ele para Ribeirão Preto. Falei que não. Ele disse que eu havia feito ele passar uma grande vergonha, então veio para me dar um soco e falou: ‘Você só não apanha porque você tem 6 milhões de seguidores. Se não, eu estaria te chutando no chão agora’. Foi quando acabou para mim. Como se não bastasse, ele ainda me expulsou de um apartamento que era nosso”, declarou Chagas na época.

A influencer contou ainda que sofreu outras agressões. “Ele jogou uma garrafa d’água em mim, bateu cinza de cigarro em uma bolsa, falou que se eu ficasse no apartamento eu não conseguiria dormir e ameaçou queimar minhas roupas. Se eu continuasse com ele, o risco era virar mais uma vítima de feminicídio, então saí de casa”, afirmou.

Cíntia Chagas disse ainda que chegou a ser atacada com uma faca pelo parlamentar, que atingiu sua perna, além de machucar ela com apertões pelo corpo. “Foi no meio de uma discussão. Estávamos à mesa jantando e brigamos. Não lembro o motivo, nunca ficamos mais do que 4 dias sem uma briga. Devo ter dado uma má resposta, levantei-me e fui até a geladeira. Da mesa, ele arremessou a faca na minha direção, bateu na minha perna e comecei a sangrar. Eu disse: ‘Olha o que você fez. Isso é violência, é agressão’. E ele respondeu: ‘Que bonitinha. Você vai me denunciar na Lei Maria da Penha, vai? Eu sou um deputado, meu amor. Acabo com você na hora em que eu quiser. Você será a louca. Experimente me enfrentar’”, contou a influencer.