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Giuliana Mancini
Estadão
Publicado em 22 de fevereiro de 2025 às 16:56
O filme brasileiro O Último Azul, dirigido por Gabriel Mascaro, levou o Urso de Prata neste sábado (22) na 75ª edição do Festival de Berlim. A honraria é o segundo maior prêmio do festival, concedido pelo grande júri. >
"'O Último Azul' fala sobre o direito de sonhar e a crença de que nunca é tarde para achar significado na vida. Muito obrigado", disse o diretor ao aceitar o Urso de Prata.>
O longa-metragem também levou outros dois troféus: o Prêmio do Júri Ecumênico, concedido a produções que abordam questões espirituais e sociais, e o Prêmio do Júri de Leitores do Berliner Morgenpost, oferecido por leitores do jornal alemão.>
O filme, que é estrelado por Denise Weinberg ao lado de Rodrigo Santoro, Miriam Socarrás e Adanilo, foi aplaudido pela crítica e pelo público em sua estreia mundial no festival, realizada no último dia 16. >
A história se passa na Amazônia, em um futuro próximo, onde um governo transfere idosos para uma colônia habitacional destinada a seus últimos anos de vida. No entanto, Tereza (Denise Weinberg), de 77 anos, decide embarcar em uma jornada pessoal antes de aceitar seu destino imposto. Com um olhar sensível e poético, Mascaro constrói uma narrativa que mistura aventura, amadurecimento e resistência.>
Ao receber os prêmios, Mascaro destacou a importância do cinema como espaço de diversidade e reflexão. Para o Júri de Leitores do Berliner Morgenpost, o longa "aborda temas como idade, liberdade e autodeterminação em um mundo hostil, mas de forma alegre e colorida, trazendo uma mensagem de esperança".>
Esta é a primeira vez desde 2020 que um filme brasileiro concorreu ao Urso de Ouro, um prêmio que o país já conquistou com Central do Brasil (1998) e Tropa de Elite (2008). Com previsão de estreia nos cinemas brasileiros ainda em 2025, O Último Azul será distribuído pela Vitrine Filmes.>