Festival de Jazz do Capão acontecerá nos dias 20 e 21 de setembro

O evento contará com oficinas, shows e workshops de música

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Publicado em 6 de setembro de 2024 às 15:31

Festival de Jazz do Capão 2023
Festival de Jazz do Capão 2023 Crédito: Divulgação I FJC

A 11ª edição do Festival de Jazz do Capão (FJC) acontecerá nos dias 20 e 21 de setembro, e terá “Pelos Direitos da Natureza” como tema principal. O evento terá oito shows, e acontecerá no Circo do Capão, no município de Palmeiras, pela segunda vez.

Com atrações nacionais e internacionais gratuitas, o FJC receberá a Mostra Ufba, selecionada em edital organizado pela Escola de Música da Ufba (Emus). Serão feitas também apresentações da Mostra Capão, que visibiliza artistas regionais e promove a cultura da Chapada Diamantina.

A programação inclui oficinas e workshops, que começam a partir das 19h juntamente com os shows, e serão ministrados no Coreto da Vila pela tarde. A oficina Música Universal será feita pelo baixista Itiberê Zwarg de 17 a 19 de setembro, das 14h às 18h30, no Anfiteatro da Pousada do Capão, para capacitar músicos do Capão. O projeto será realizado junto com aulas de Introdução à Sonorização para estudantes da rede pública.

Itiberê Zwag
Itiberê Zwarg Crédito: Marco Flávio/Divulgação I FJC

Na sexta-feira, os shows começarão às 19h com a Mostra Capão de Arian Pinho e Marcelo Nishimori, e show de Paulo Souza e banda. Em seguida, se apresentarão Itiberê Zwarg Quarteto, Tatiana Parra com Antonio Loureiro, Louise Woolley, Bruno Migotto e Nei Sacramento.

Paulo Souza
Paulo Souza Crédito: Sol Carvalho das Virgens / Estúdio Sol/Divulgação I FJC

No segundo dia de apresentações, a programação se iniciará com a Mostra UFBA de Nino Bezerra Trio, e seguirá com shows de Vanessa Melo, Michael Cain (EUA) com Reinaldo Boaventura e Alexandre Vieira, Pedro Martins e banda Rádio Mistério.

Nino Bezerra
Nino Bezerra Crédito: Bruno Costa/Divulgação I FJC

Os workshops começarão às 14h no dia 20, com o compositor Pedro Martins. No dia seguinte, também às 14h, será a aula de Tatiana Parra, com tema “A voz na música instrumental”.

O tema de Direitos da Natureza faz referência ao movimento que surgiu com a Constituição Federal do Equador, em 2008, e busca mudanças sociais, científicas e jurídicas que proporcionem um mundo mais ecológico. A ideia é desenvolver uma relação harmônica entre pessoas e natureza, deixando de enxergar o meio ambiente apenas como recurso.

O Festival é apoiado pelo Edital de Eventos Calendarizados do Fundo de Cultura da Bahia, alimentados financeiramente pelo Governo do Estado, através do Fundo de Cultura, Secretaria da Fazenda e Secretaria de Cultura da Bahia. São patrocinadores também a Suzano e a Axxo Construtora, pela Lei Rouanet de incentivo à cultura.

O FJC funciona há quatro anos em parceria da CulturaTAO com a Secretaria de Cultura da Bahia, através do Edital de Eventos Calendarizados.

O diretor artístico e idealizador do Festival, Rowney Scott, acredita que uma das marcas do FJC é a diversidade de estilos. Por isso, neste ano, o espetáculo incluirá duas novas atrações, ampliando o universo do evento para além do Jazz.

“O Jazz, como gênero super aberto e ‘musicofágico’ que é, acolhe manifestações de várias vertentes que, de maneira natural, inserem a improvisação nas suas essências. Dessa maneira, veremos ao longo das duas noites do festival um desfile sonoro de instrumentações e conceitos, harmonias e ritmos que vão servir de banquete musical”, disse Scott.

A conexão do Festival com causas ambientais repercute na relação do público com a natureza local, como diz a coordenadora de produção e moradora do Vale do Capão, Fabiana Carvalho: “O acolhimento e receptividade da comunidade do Vale do Capão ao FJC, desde a primeira edição, reflete o cuidado e atenção que o Festival sempre teve com as causas ambientais, considerando que o Vale do Capão está localizado no entorno de uma Unidade Federal de Conservação tão importante como é o Parque Nacional da Chapada Diamantina.”

“Como moradora do Vale do Capão há mais de 35 anos, entendo o FJC para além de um evento que encerra em si o intento de proporcionar arte e música diferenciada e de muita qualidade de forma gratuita no interior do estado, mas também como referência de realização para outros eventos culturais e artísticos que queiram estar sintonizados com o meio ambiente e a natureza humana onde quer que estejam”, completou.

O Festival já recebeu diversos artistas ao longo das dez edições, como Egberto Gismonti, Ivan Lins, Naná Vasconcelos, João Bosco, Hermeto Pascoal, Leo Gandelman, e até mesmo Michaela Harrison, dos EUA, e Kapelle 17, da Alemanha.