Fernanda Montenegro e Susana Vieira dizem que não farão mais novelas: ‘Tristeza’

Veteranas comentaram sobre oportunidades para pessoas mais velhas

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Publicado em 9 de agosto de 2024 às 10:33

Fernanda Montenegro e Suzana Vieira
Fernanda Montenegro e Suzana Vieira Crédito: RedeTV!

Duas das maiores atrizes do país, Fernanda Montenegro e Susana Vieira, de 94 e 81 anos, respectivamente, estiveram presentes no lançamento da autobiografia de Boni, ex-vice-presidente de operações da Globo, nesta quarta-feira (8). Em uma entrevista para Monique Arruda da RedeTV!, as veteranas celebraram Boni e lamentaram a falta de convites para atuar na TV.

No fim da entrevista, as duas comentaram que não têm planos de voltar às novelas. “Eu digo com tristeza, mas eu acho que não. Parece que não está nos planos deles [diretores]”, revelou Susana Vieira.

Já Fernanda Montenegro, que está fora do gênero desde A Dona do Pedaço (2019), acrescentou: “No meu caso, não é nem não estar nos planos. É que não quero. Quero palco, de onde eu nunca saí”.

“Nunca saí do palco. Nem sei como eu aguentava fazer televisão, teatro e às vezes até cinema”, comentou Fernanda. E Susana lembrou: “Eu ia comendo um ovo cozido, enrolando o cabelo dentro de uma Kombi, saía de uma novela e ia para o teatro. A gente era feliz e não ficava cansada”.

Fernanda ainda concluiu: “O que eu tinha para fazer em televisão, eu já fiz”.

Legado de Boni

“Todo período do Boni na TV é inesquecível. A televisão brasileira tem que dar Graças a Deus por ter tido ele por mais de 30 anos na emissora [Rede Globo]. Sem ele, não teríamos nada e não seria a emissora que é hoje. Nós somos testemunhas, pelo o que passamos. A partir desse homem se organizou uma alta qualidade artística e econômica”, enalteceram as atrizes sobre o autor do livro O Labo B de Boni.

Além disso, as duas comentaram a estrutura de gravações quando Boni comandava a TV Globo. “O Boni conseguia fazer que a gente gravasse nas oito horas possíveis. A gente viajava para fora, no exterior e ninguém era escravizado. Hoje em dia é trabalho, trabalho e trabalho. Eu acho esse homem um gênio e graças a ele, eu cheguei até aqui”, ressaltou Susana.