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Hilza Cordeiro
Publicado em 7 de outubro de 2015 às 16:24
- Atualizado há 2 anos
Ano passado, Kim Kardashian chegou polemizando no tapete vermelho do Video Music Awards (VMA) com uma roupa que exibia seu enorme decote. Nesse momento surgia, aqui em Salvador, a Kardashian da Bahia, uma versão pobrinha da celebridade.
O idealizador da brincadeira chama-se João Paulo Anjos, 22 anos, estudante de publicidade. Mas ele prefere ser chamado de John Drops, como ficou conhecido na internet depois de recriar looks de famosas de maneira engraçada.(Fotos: Reprodução/Instagram)John sempre teve blogs e sempre falou de moda, mas nunca gostou de pagar muito caro numa roupa de marca para poder estar bem na foto e ruim no bolso. Enquanto assistia à premiação do VMA, viu que um tapete da sua casa se parecia muito com a roupa que Kim Kardashian foi à festa. John teve a ideia de postar em seu Instagram uma foto imitando a celebridade e em poucos instantes outros perfis começaram a compartilhar a brincadeira.
O estudante só brinca com quem admira. Brasileiras e gringas como Claudia Leitte, Ivete, Beyoncé e Rihanna já caíram nas graças de John. Segundo ele, a ideia geral é levar humor, homenagear as famosas e trazer a mensagem implícita de que, apesar dos looks serem imitados de forma caricata, estilo não é sinônimo de dinheiro, mas sim de criatividade.(Fotos: Reprodução/Instagram)Hoje os próprios seguidores dele já têm um radar dos looks que merecem ser copiados e os enviam como sugestão. John então avalia quais os mais legais e “em questão de minutos um saco de lixo vira uma blusa da Chanel”, conta aos risos.
O repertório é todo improvisado mesmo. Quando não encontra o que precisa no seu armário, ele recorre às roupas dos pais e da irmã. Faz o carão e já foi. Agora é só editar a foto e postar. Às vezes, John conta com a ajuda de Fernanda, sua secretária do lar e amiga, que embarca nas loucuras e participa com ele nos looks.O estudante conta que ainda não chega a levar a vida com essa atividade, mas que já recebeu propostas de empresas para divulgação de eventos. Só aí ele percebeu que a brincadeira podia virar um negócio, mas ainda quer aprender muito sobre conteúdo para a web.
Embora o Twitter seja uma fábrica de memes (termo grego que significa imitação), a rede social tem baixa audiência em Salvador, o que fez John escolher o Instagram para divulgar seus memes. “Acho o Instagram mais dinâmico e bastante visual. A pessoa bate o olho e já entendeu a mensagem”, revela. *Hilza de Oliveira é integrante da 9ª turma do programa CORREIO de Futuro