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Da Redação
Publicado em 15 de novembro de 2023 às 07:00
De volta à Bahia, o espetáculo Chico Buarque — Um Outro Olhar, releitura mais pop e teatralizada da obra do cantor e compositor, fará sua reestreia em Salvador nesta quarta-feira (15). Na ocasião, o palco do Teatro da Cidade, localizado na avenida Paralela, receberá duas apresentações, às 18h e às 20h. Com poucas unidades restantes para o segundo show, os ingressos estão à venda na plataforma Sympla e custam R$ 120 / R$ 60.
Na quinta-feira (16), às 20h, o espetáculo encerrará a passagem pelo estado indo pela primeira vez a Feira de Santana. O local escolhido para a estreia foi o Centro de Cultura Amélio Amorim, situado na avenida Presidente Dutra. As entradas para o evento também estão disponíveis no Sympla, por R$ 140 / R$ 70.
Chico Buarque — Um Outro Olhar é estrelado pelo NU’ZS Duo, dueto composto da atriz e cantora mineira Marcê Porena e do arranjador e guitarrista paulista Max Silva. No show cênico-musical, ela interpreta o repertório, enquanto ele faz intervenções teatrais a seu lado. Segundo Marcê, como sugere o próprio nome do espetáculo, “a decisão de criar um Chico mais pop e, ao mesmo tempo, teatral tem como objetivo conectar a obra do artista a um público que talvez não esteja tão familiarizado com suas canções”.
Responsável pela direção musical, Max optou por gravar os sons de todos os instrumentos que compõem a apresentação, desde bateria até sintetizadores — o que dispensa a necessidade de haver uma banda ao vivo e lhe dá um caráter mais intimista. “A obra de Chico é necessária, vital e, como disse Ruy Guerra [cineasta moçambicano], sem ela, o Brasil seria mais pobre”, ressalta Max. “Além disso, quando interpretada com uma nova roupagem e atualizada sob outro olhar, estabelece um elo com a atemporalidade.”
A volta de Chico Buarque — Um Outro Olhar a Salvador também marca o lançamento em show do single Geni E O Zepelim, disponível nas plataformas de streaming desde 13 de outubro. Na releitura da canção, transportada para uma paisagem urbana e tecnológica, Geni é uma das quatro personagens apresentadas e a única que não possui voz própria dentro do enredo.
Ela é marginalizada pela sociedade num jogo que também tem como participantes o narrador, o comandante e a cidade. As nuances entre as personagens se sobressaem na interpretação singular de Marcê Porena, e os arranjos criam uma atmosfera densa com o auxílio de elementos eletrônicos, guitarras e variações de compassos.
Fora o lançamento, compõem o repertório do espetáculo, que já passou por diversas cidades no país, clássicos como Tatuagem, do álbum Calabar; Sem Açúcar, do aclamado disco ao vivo Chico e Bethânia; Sob Medida e Olhos nos Olhos, com um tom de rock dado por riffs de guitarra e sintetizadores; e O Meu Amor, o mais pop dos regravados pela dupla. Na apresentação, dividida em dois atos — um, mais pop, e o outro, mais intimista —, há espaço ainda para mais 20 músicas com novas roupagens.