Entenda por que desligaram Ernestina Sodi, irmã de Thalía, da UTI

Escritora morreu no último dia 8 no México após 22 dias em terapia intensiva

A morte da jornalista e escritora mexicana Ernestina Sodi, irmã da famosa cantora Thalía, impactou o México e o mundo, deixando muitas dúvidas sobre a sua morte, aos 64 anos. Thalía e a filha da escritora Camila Sodi explicaram em suas redes sociais que Ernestina foi desligada da unidade de terapia intensiva, após 22 dias lutando por sua vida.

O jornalista e apresentador mexicano Gustavo Adolfo Infante também compartilhou mais detalhes em suas redes sociais sobre os últimos dias de vida de Ernestina Sodi. Segundo ele, sem chances de sobreviver, Ernestina Sodi assinou uma diretriz de vontade antecipada para retirada da Unidade de Terapia Intensiva (UTI)

“Já não tinha nada para salvá-la. Não houve declarações da família, mas a própria Ernestina assinou uma diretriz antecipada, porque não havia como reanimá-la”, disse o jornalista que comanda o programa Imagen Televisión.

“A vontade antecipada é uma lei que dá assistência aos pacientes terminais quando levam muitos dias entubados e vários órgãos começam a falhar. Com certeza, as filhas tomaram a decisão de não mantê-la mais com vida”, explicou Gustavo Adolfo.

Segundo o Infobae México, uma fonte próxima da família confirmou em 30 de outubro deste ano, que a família sabia da vontade antecipada de Ernestina de para com a terapia intensiva, já que um médico havia informado à escritora que dificilmente ela “voltaria a ser ela mesma”.

Ainda segundo o jornal, ela tinha tomado a decisão de assinar essa autorização, de acordo com o direito presente em diversos países de uma pessoa para antecipar o fim do tratamento e receber os cuidados paliativos para o final de sua vida. O panorama de saúde da escritora não era promissor.

Regras no Brasil

No Brasil, as Diretivas Antecipadas de Vontade (DAV) são reconhecidas pelo Resolução 1.995/2012 do Conselho Federal de Medicina (CFM).

As diretivas antecipadas de vontade (DAV) são concebidas como desejos previamente expressados e manifestados pelo paciente acerca de cuidados e tratamentos que o mesmo almeja ou não, receber no momento em que estiver impossibilitado de expressar sua vontade conscientemente.