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Entenda os riscos de manter relações sexuais sem camisinha

A baiana Raquel Brito causou repercussão ao dizer que transa sem camisinha; especialistas alertam sobre doenças sexualmente transmissíveis

  • Foto do(a) author(a) Larissa Almeida
  • Larissa Almeida

Publicado em 3 de outubro de 2024 às 07:30

Raquel Brito
Raquel Brito Crédito: A Fazenda 16

Participante do reality show ‘A Fazenda 16’, na Record, a baiana Raquel Brito tem causado repercussão nas redes sociais por conta de assuntos atrelados à própria intimidade. Antes de movimentar a web por conta da coceira vaginal que declarou estar sentindo, nessa segunda-feira (30), a irmã do campeão do Big Brother Brasil 2024, Davi Brito, já tinha causado polêmica ao afirmar que nunca fez uso de preservativo na vida.

No bate-papo, que ocorreu na tarde do dia 25 de setembro, Raquel conversava sobre relações sexuais quando revelou que transava sem o preservativo. “Desde que perdi minha virgindade, nunca tomei remédio, nunca teve nada. [...] Nunca usei uma camisinha na vida. Não gosto, não, parece um saco”, disse. Na ocasião, ela ainda disse que não tinha relações com qualquer homem. “Eu investigo a pessoa. Não é qualquer tipo de homem, não. Deus me deu muito livramento de lá pra cá”, completou.

A decisão de se relacionar sexualmente sem preservativo com um parceiro só, desde que ambos tenham feito teste e negativado para Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs), não configura um problema, no ponto de vista da ginecologista Nádia Tiúba. Ela, no entanto, chama atenção para a importância do acompanhamento constante do casal junto a médicos ginecologistas e urologistas.

Por outro lado, quem transa sem camisinha com diversos parceiros corre riscos sérios de saúde ao ficarem expostos a diversas infecções e doenças sexualmente transmissíveis. “As chances de adquirir problemas são inúmeras, como o HIV, Hepatite B e C, HLPV, sífilis, além de outras infecções mais comuns, como gonococos, gonorreia, Mycoplasma genitalium e clamídia”, alerta Nádia.

O HIV, que causa a Aids, atualmente pode ser controlado através de coquetéis de medicamentos que podem, inclusive, inativar o vírus da doença e impedir a transmissão. No entanto, a medicação tem que ser tomada pelo resto da vida. O HPLV requer tratamento como problema crônico e acompanhamento médico, já que pode ser transmissível de mãe para filho. Já a Hepatite B pode evoluir para um estado crônico, além de ter capacidade de desenvolver câncer de fígado. A Hepatite C, por sua vez, não tem cura, pode causar insuficiência hepática e demanda tratamento pelo resto da vida.

As outras ISTs possuem tratamentos pontuais com cura, mas não deixam de causar incômodo enquanto duram. A sífilis, por exemplo, começa com uma ferida que não causa dor, podendo aparecer na boca, no reto ou na genitália. Depois da cura da ferida, ela pode se manifestar com irritação na pele e, se não for tratada, pode voltar anos depois com danos para o cérebro, nervos, olhos ou coração.

A ginecologista ainda cita outras complicações de ISTs. “A gonorreia causa secreção pastosa e amarelada na uretra e na vagina, com odor e ardência. A clamídia dá muita ardência ao urinar, seja na mulher ou no homem. Se não usar preservativo, tem também a possibilidade de pegar o HPV, que é um vírus que está associado ao câncer de colo de útero e ao câncer de pênis”, pontua.

Diante dos problemas de saúde decorrentes da falta de proteção, Nádia enfatiza a importância do uso de preservativo nas relações sexuais: “É essencial o uso de camisinha. Não existe a possibilidade de não usar preservativo, principalmente quem tem uma vida sexual com muitos parceiros”, finaliza.