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Da Redação
Publicado em 9 de setembro de 2024 às 16:15
A influenciadora Deolane Bezerra, presa por suspeita de participação em esquema de lavagem de dinheiro de jogos ilegais, foi solta nesta segunda-feira (9) da cadeia no Recife, Pernambuco. A advogada segue para prisão domiciliar com tornozeleira eletrônica.
A influenciadora saiu da Colônia Penal Feminina, no bairro da Iputinga, Zona Oeste do Recife, após colocar tornozeleira ainda dentro da prisão. Ao sair, foi recebida por jornalistas e uma legião de fãs.
Os seguidores que aguardavam Deolane na saída do presídio marcaram presença na frente da unidade prisional desde a prisão, na semana passada. No momento da liberação, os fãs estavam com camisas estampadas com fotos da advogada, e músicas tocando o bordão da influenciadora “A mãe tá estourada”.
A presença deles foi convocada, também, por Dayane Bezerra, irmã de Deolane, que postou um vídeo antes da liberação chamando os fãs para o presídio. “Meu povo, estamos indo para a porta do presídio. Saiu a decisão. Precisamos de vocês lá, quem puder ir pra lá. Vamos tirar Deolane, mas precisamos mais do que nunca da força de vocês, para tirar minha mãe de lá”, disse.
Solange Bezerra, mãe de Deolane, também recorreu a um pedido de liberdade, que foi negado. A família das duas também entrou com pedido de revogação da prisão preventiva, ainda sem retorno.
Dayane e Daniele, sua irmã, foram à Colônia, e comentaram sobre o caso. "Minha mãe é inocente, não tem nada que justifique essa prisão. Enquanto minha mãe está presa, tem um monte de investigados milionários por aí", afirmou Dayanne.
Deolane não pode falar sobre o processo, segundo medida cautelar da Justiça. Tudo que disse sobre o caso, é que foi silenciada: "Foi uma prisão criminosa, cheia de abuso de autoridade por parte do delegado. Eu não posso falar sobre o processo. Eu fui calada".
A liberação de Deolane pela Justiça aconteceu sob a condição de monitoração eletrônica, em conjunto com um habeas corpus coletivo determinado pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Solta pela 4ª Câmara Criminal na manhã desta segunda-feira (9), ela está proibida de ter contato com outros investigados pela operação Integration, ou se pronunciar em redes sociais ou imprensa.
A Justiça considera que prisões preventivas de gestantes, lactantes e mães de crianças de até 12 anos ou de pessoas com deficiência devem ser convertidas em domiciliares. É o caso da advogada, mãe de uma menina de 8 anos, e dois rapazes de 18 e 20 anos.