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Daniela Mercury se apresenta com as Deusas do Ébano do Ilê Aiyê no encerramento do G20

O axé de Daniela Mercury, o tecnobrega de Gaby Amarantos, a MPB de Kleiton e Kleidir, o samba de Mart’nália, o soundsystem de BaianaSystem encantaram o público

  • Foto do(a) author(a) Gilberto Barbosa
  • Gilberto Barbosa

Publicado em 8 de novembro de 2024 às 23:08

  Crédito: Paula Fróes/CORREIO

Sonoridades, cores e culturas se misturaram na Concha Acústica do Teatro Castro Alves (TCA), que recebeu o concerto da Sinfonia Terra Brasilis, realizado na noite desta sexta-feira (8) e que marca o encerramento do Grupo de Trabalho de Cultura do G20, realizado nesta semana em Salvador.

O espetáculo apresentou ritmos das cinco regiões do Brasil. O axé de Daniela Mercury, o tecnobrega de Gaby Amarantos, a MPB de Kleiton e Kleidir, o samba de Mart’nália, o soundsystem de BaianaSystem encantaram o público presente. O fio condutor foi a música clássica da Orquestra Sinfônica da Bahia (Osba), sob a regência do maestro Carlos Prazeres.

“Hoje, temos a missão de representar o Brasil inteiro e pensamos em maneiras para que todas as regiões se vissem aqui no G20. Tivemos que nos despir do nosso espírito baiano para assimilar a essência das outras regiões e acho que conseguimos isso com muito sucesso. Montamos o time mais legal possível e estou muito emocionado de estar ao lado de pessoas que aprendi a admirar a minha vida toda e que fizeram parte da minha infância", disse o maestro.

  Crédito: Paula Fróes/CORREIO

Daniela Mercury foi a primeira a se apresentar. Com a presença das Deusas do Ébano do Ilê Aiyê, ela abriu o show com a música Pérola Negra. Em seguida, cantou O Canto da Cidade, que levantou o público sa Concha. Rapunzel encerrou a apresentação da cantora baiana. “Estou super lisonjeada de apresentar a nossa cultura. Vamos acolher todos aqui na Concha que é um lugar super emblemático para a Bahia. É um movimento de povo, que é quem faz a cultura popular ser tão rica e abrangente. O Brasil hoje está muito bem representado”, declarou.

A paraense Gaby Amarantos foi a segunda a se apresentar na noite. Em seguida tocaram os gaúchos Kleiton e Kledir, a carioca Mart’nália e a BaianaSystem. A Osba apresentou parte do seu repertório entre as apresentações.

“Está fantástico o evento. Foram muito assertivos em trazer a música clássica para alinhavar todos esses artistas que representam a cultura do país inteiro. Além das canções, as imagens projetadas permitem que os representantes dos outros países do G20 tenham uma noção mais próxima da riqueza cultural e do do povo brasileiro”, disse o professor de geografia Jones Oliveira, 51 anos.

  Crédito: Paula Fróes/CORREIO

“Essa experiência valoriza ainda mais a nossa cultura, que é o nosso maior bem. O nosso país é gigantesco, super diverso e esse momento exalta a extensão da nossa representatividade cultural” afirmou o administrador Alex Gomes, 34.

A direção artística da sinfonia ficou sob a responsabilidade do coreógrafo e diretor geral do Balé Folclórico da Bahia, Vavá Botelho. Ele contou que começou a pensar no projeto há cerca de um ano, quando recebeu o convite da Ministra da Cultura, Margareth Menezes.

“A música é a linguagem que melhor representa a diversidade e riqueza cultural do nosso país. Ela serviu como a base e usamos recursos de imagem e figurino para compor o espetáculo. O G20 é um repensar da nossa cultura e um entendimento que ela faz parte da base de qualquer povo. É o fio condutor para a humanidade, onde ao reconhecer a nossa história, teremos os parâmetros para nos conduzir no futuro. Um povo culto é um povo mais humano”, declarou.

  Crédito: Paula Fróes/CORREIO
  Crédito: Paula Fróes/CORREIO