Receba por email.
Cadastre-se e receba grátis as principais notícias do Correio.
Alô Alô Bahia
Publicado em 17 de abril de 2024 às 18:57
Muitas pessoas e casais escolhem trilhar o caminho da maternidade e paternidade através da adoção, incluindo famosas e famosos. O Alô Alô Bahia destaca as histórias de três figuras marcantes que encontraram seus filhos em Salvador e que nos mostram que, no fim das contas, o que realmente importa é o amor. Confira:
Glória Maria adotou Laura e Maria
A repórter carioca estava passando uma temporada em Salvador, em 2009, quando conheceu suas filhas Laura e Maria. Na ocasião, Glória realizava trabalho voluntário em um orfanato chamado Organização de Auxílio Fraterno, no bairro da Liberdade. Embora nunca tivesse considerado a maternidade antes, acabou se apaixonando pelas crianças e deu início ao processo de adoção.
As meninas são irmãs biológicas e naquela visita tinham 6 meses e 1 ano e meio. Em uma entrevista ao programa Encontro, Glória se abriu a respeito da questão:
“Eu nunca quis ser mãe. O trabalho me preenchia, minha vida era perfeita. Elas surgiram por acaso. Eu nunca tinha pensado em ter filhos até que vi as duas pela primeira vez e tive certeza que elas eram minhas filhas. Isso é uma coisa que não sei explicar”.
O processo de adoção durou 11 meses, e levou Glória a se mudar do Rio de Janeiro para a Bahia para estar mais perto das meninas enquanto a documentação era analisada. Glória Maria foi mãe solo e faleceu em 2023, aos 73 anos, vítima de um câncer de pulmão. Maria e Laura tinham 15 e 14 anos, respectivamente, na época.
As duas agora são criadas por amigos íntimos de Glória Maria, o jornalista Bruno Astuto e o economista Paulo Mesquita, que ficaram encarregados da tutela delas até a vida adulta. Paulo estava com Glória na Bahia em 2009 quando as crianças foram adotadas.
Regina Casé e Estevão Ciavatta adotaram Roque
Depois da primogênita, Benedita Zerbini, Regina quis muito ter outros filhos com o segundo marido, o cineasta Estêvão Ciavatta, mas sofreu uma série de abortos. Depois da terceira perda, o casal chegou a tentar inseminação artificial, que também não funcionou.
Aos 59 anos, a atriz optou então pela adoção e passou quase oito anos na fila de espera. Em 2013, quando estavam quase desistindo, eles conheceram Roque na Bahia. Segundo Regina, todo o processo começou em Salvador, cidade que a tinha recebido como cidadã. Roque tinha apenas quatro meses.
Em uma ocasião, ela lembrou: “Quando o vi pela primeira vez, foi instantâneo: tinha encontrado o meu filho. Era ele”, celebrou.
Em entrevista ao Bebê.com, Regina contou que o processo de adoção foi ‘penoso’ e muito demorado, com todas as etapas de entrevistas, cadastros, visitas e abrigos.
Batizado em cinco religiões, Roque completa 11 anos em maio. Em 2023, quando ele fez 10 anos, Regina falou sobre como queria tê-lo encontrado antes para “ser uma mãe novinha que pudesse mandar melhor no futebol com ele, mas a vida quis assim e tem dado certo”.
Astrid Fontenelle e Fausto Franco adotaram Gabriel
Outra personalidade que abriu as portas de seu lar e coração para a adoção foi a apresentadora Astrid Fontenelle. Em 2008, aos 47 anos, Astrid decidiu que queria ser mãe e entrou na fila de adoção. No mesmo período da decisão, ela viajou para Salvador para assistir a um show de João Gilberto e trouxe consigo os documentos para entregar à Vara da Infância e Juventude para uma entrevista.
Na ocasião, relata que uma das funcionárias do local pediu que ela esperasse para conversar com o juiz, o que levou em média uma hora e meia.
“Na conversa, o juiz me disse que tinha uma criança para ser adotada. Eu estava no lugar certo, na hora certa. O juiz ainda me disse que me deixou esperando para testar minha paciência. Imagine, mal sabia ele que estava esperando há muito tempo para ter um filho. No mesmo dia, conheci o Gabriel”, contou ela.
Gabriel tinha 40 dias de vida na época. Hoje, ele tem 15 anos e foi posteriormente adotado pelo marido de Astrid, o empresário baiano Fausto Franco.