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Luiza Gonçalves
Publicado em 13 de outubro de 2024 às 21:32
Música, conexão e alegria. Esses foram os elementos-chave da estreia do Coke Studio em Salvador, ontem (12), no Jardim de Alah. Com um show do grupo baianoÀttooxxá, o evento promete aproximar os fãs da música de seus artistas favoritos por meio de experiências imersivas e inovadoras. Neste domingo, será a vez do grupo Filhos de Jorge se apresentar no projeto.
O evento começou às 17h com uma programação de DJs, enquanto o público podia circular pelo espaço, que foi ambientado como um festival. Backdrops coloridos cercavam o gramado, havia uma área de food trucks, espaço com bancos e pufes, além do Trio Coke Studio, onde seria realizado o show. O público, movido pela curiosidade em relação ao evento e pelo amor pelo grupo musical baiano, aguardava ansiosamente:
“Eu vim hoje com minhas amigas. Somos muito fãs do Àttooxxá, a gente acompanha desde 2017, e sempre que tem show deles, já ficamos atentas. Vi que ia ter o evento, mas não imaginava que a estrutura seria tão legal, e não vejo a hora de meter dança”, disse, animada, Maria Luísa Souza.
O Àttooxxá subiu ao palco por volta das 21h, saudando o público e avisando que aquela seria uma noite especial. Neste ano, a banda completa 10 anos de trajetória, data que será marcada até o início de 2025 com eventos especiais. “O projeto começou em 2014, e hoje você vê o tamanho dessa família, quantas pessoas já ouviram nossa música, os lançamentos de discos, as turnês, os feats, a indicação ao Grammy e tudo mais. É massa celebrar esse momento, ver como a gente está cada vez melhor e mais junto. Até o ano que vem, vamos fazer essa turnê de 10 anos, como esse show que será apresentado hoje, passando por toda a discografia da banda”, afirmaram Chibatinha, RDD e Mestre Ozz.
A noite foi marcada por sucessos da banda, como Tô Te Querendo, Aquele Swing, Elas Gostam, Pra Te Machucar, Dejavú e Caixa Postal. De Blvckbvng (2016) a Summer Groove (2024), as músicas contagiaram a plateia, mesclando samba, R&B, rap e trap, mas conservando a essência do Àttooxxá: a levada do pagodão baiano. “Acho que o Attooxxa nasceu para isso. A gente sempre busca entregar uma nova música, mas mantendo nossa raiz, que é a Bahia. Pensamos muito em como a Bahia está dentro da gente e como faremos a Bahia ressoar fora do estado”, reflete o vocalista RDD.
O grupo também destacou a participação anterior no Coke Studio, no Festival The Town, em São Paulo, no ano passado, e a alegria de inaugurar a programação de artistas na edição baiana: “É muito importante para nós, como banda, estarmos em um projeto de uma grande marca que apoia iniciativas de música preta, porque a gente sabe da luta no cenário musical para artistas negros e da falta de oportunidades. Mas estamos conquistando cada vez mais espaços, gerando conexão com o público, fazendo nosso som 100% e representando a potência da música soteropolitana”, defende Mestre Ozz.