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Luiza Gonçalves
Publicado em 12 de março de 2025 às 13:53
Com ainda mais adrenalina e suspense, o drama policial A Divisão chegou à sua quarta temporada nesta semana, com cinco episódios iniciais já disponíveis no Globoplay. Ambientada no Rio de Janeiro na virada dos anos 1990 para 2000, a série traz de volta o dia a dia do detetive Carlos Mendonça (Silvio Guindane) e do inspetor Juliano Santiago (Erom Cordeiro) em novos casos desafiadores. A obra tem criação de José Junior e José Luiz Magalhães, e direção geral de Lipe Binder. >
"Uma série que está indo para a quarta temporada, eu acho que demonstra o sucesso do projeto. Nessa temporada nova, temos uma participação muito grande de novos personagens, de novos atores, que trazem para a trama algo assim, digamos, muito mais tenso e intenso também", celebra o criador José Junior em entrevista coletiva virtual para contar detalhes da produção.>
A nova temporada explora a onda de sequestros no Rio de Janeiro, cada vez mais preocupante, onde a dupla de agentes e sua equipe está em busca de pistas para localizar Richard Rozenbaum (Ravel Andrade), filho de uma antiga conhecida da Divisão Antissequestro, Margareth Rozenbaum (Cissa Guimarães), uma juíza implacável e disciplinada responsável por reabrir o inquérito contra Mendonça, no qual o policial é acusado de cometer uma chacina. Para Mendonça, resolver o caso e devolver Richard são, e salvo, à família será uma questão de honra.>
"Esse personagem e esse projeto eu considero como um dos mais importantes, porque foi um projeto que se propagou. Nessa quarta temporada, eu diria que é mais do mesmo, porque muita coisa vai acontecer. Assim como nas outras temporadas. Então, é mais do mesmo no sentido de que não espere apenas uma série de ação, tiro, porrada e bomba. O tiro, a porrada e a bomba existem aqui sempre com um porquê de relação humana muito bem construída por trás", garante o protagonista Silvio Guindane, que dá vida ao líder Mendonça na trama.>
Retorno à Dramaturgia >
O papel da juíza Margareth marca o retorno de Cissa Guimarães à dramaturgia da Globo, após 12 anos de afastamento, a convite de José Junior. "Esse projeto, A Divisão, foi uma coisa muito especial na minha vida. Num primeiro momento, eu fiquei na dúvida, pois estava afastada da dramaturgia no audiovisual. Mas aí, com o convite do Júnior, quando ele falou da personagem, eu fiquei muito animada. Foi uma coisa que me arrebatou de uma maneira que eu não esperava", relembra a atriz.>
A possibilidade de viver uma personagem que difere da sua personalidade e do estilo de papéis que geralmente interpreta fez com que a apresentadora mergulhasse de cabeça no projeto. "Eu tenho mais de 40 anos de profissão, e, de vez em quando, a gente é chamado para repetir o mesmo de sempre, sabe? O seu jeito de ser de ator é repetido nos personagens. E esse personagem não", garante.>
Cissa descreve Margareth como uma personagem complexa, a princípio orientada por uma moral forte e rígida, que, com o decorrer dos acontecimentos na trama, é contrariada por seu lado humano, fazendo a repensar algumas coisas e agir de maneiras que talvez não gostasse. "Tem três aspectos da personagem que me seduziram muito, sabe? A profissional, com valores bastante claros e devotos dela, a mãe e mulher, como todas nós mulheres, com nossos envolvimentos passionais e emocionais", descreve.>
Durante a coletiva, a comunicadora revelou ainda ter estudado em duas juízas da realidade para dar vida ao seu papel em A Divisão. "Conversei com a Denise Frossard, juíza que colocou bicheiros na cadeia. E tem outras referências, tem a juíza de Niterói que foi assassinada, a Patrícia Acioli, também me baseei muito nela", destaca.>