Cadastre-se e receba grátis as principais notícias do Correio.
Carol Neves
Publicado em 14 de fevereiro de 2025 às 07:56
O cineasta Cacá Diegues morreu na manhã desta sexta-feira (14), aos 84 anos, no Rio de Janeiro. Ele sofreu complicações de uma cirurgia na próstata. >
Nascido Carlos José Fontes Diegues em Maceió, no dia 19 de maio de 1940, ele se mudou para o Rio de Janeiro aos 6 anos de idade. O diretor foi um dos pioneiros do Cinema Novo, movimento que ajudou a fundar ao lado de nomes como Glauber Rocha, Leon Hirszman, Paulo Cesar Saraceni e Joaquim Pedro de Andrade, entre outros nomes. Ele ficou famoso por obras como ‘Bye bye Brasil’ e ‘Deus é brasileiro’.>
Cacá era pai de quatro filhos, dois deles frutos de seu casamento com a cantora Nara Leão. Desde 1981, era casado com a produtora de cinema Renata Almeida Magalhães. O cineasta deixa também três netos .>
Vida dedicada à sétima arte>
Cacá Diegues construiu uma carreira marcante no cinema, dirigindo mais de 20 longas-metragens. Entre suas obras mais celebradas estão “Xica da Silva” (1976), “Bye Bye Brasil” (1980), “Veja Esta Canção” (1994) e “Tieta do Agreste” (1995). Além desses, destacam-se filmes como “Ganga Zumba” (1964), “Os Herdeiros” (1969), “Joanna Francesa” (1973), “Chuvas de Verão” (1978), “Quilombo” (1984), “Um Trem para as Estrelas” (1987), “Orfeu” (1999), “Deus É Brasileiro” (2003), “O Maior Amor do Mundo” (2005) e “O Grande Circo Místico” (2018), este último inspirado na obra do poeta Jorge de Lima.>
Em 2018, ele foi eleito para a cadeira 7 da Academia Brasileira de Letras (ABL), sucedendo o cineasta Nelson Pereira dos Santos, com quem mantinha uma forte amizade. A cadeira, que já foi ocupada por personalidades como Euclides da Cunha e Valentim Magalhães, tem como patrono o poeta Castro Alves. >