Cadastre-se e receba grátis as principais notícias do Correio.
Elis Freire
Publicado em 21 de dezembro de 2024 às 16:14
Comemorando 40 anos de carreira e de história do Axé Music, Daniela Mercury comentou sobre a polêmica envolvendo Claudia Leitte, que se recusou a cantar “Iemanjá” e trocou por “Yeshua” (Jesus em hebraico) durante show. A baiana ressaltou que só podia falar por si e defendeu as músicas que cantam sobre orixás - divindades das religiões de matriz africana. >
“Eu sou apaixonada desde criança pelos orixás, como cultura da minha ‘cidade. Então, eu canto eles mais que todo mundo aqui. Eu procuro músicas com orixás para cantar”, afirmou Daniela sobre o caso, durante coletiva realizada neste sábado (21).>
A artista ainda ressaltou que é do Candomblé e rebateu comentários de que o Axé seria “regional demais”. Conhecida por entoar “a cor dessa cidade sou eu”, a cantora reconheceu a importância da cultura negra e da religiosidade de origem africana para o ritmo que ganhou o representativo nome de “Axé Music”.>
“Qual música que não é regional? Todo mundo traz um pouco da sua identidade. Então, eu fico muito feliz de ser regional, baiana, de ser de candomblé. Eu não sou a Cinderela Bela, nem Adormecida Bela, eu sou Daniela, rainha má, da macumba, de umbanda, raiz do meu axé!”, defendeu Daniela, cantando um trecho da sua canção “A Rainha do Axé”.>
Verão de axé>
A cantora celebrou a história do movimento Axé Music nascido da Bahia e difundido por todo o mundo. Com o retorno do tradicional Pôr do Som ao Farol da Barra, confirmado por Daniela neste sábado (21), a artista garantiu muito axé no verão baiano. >
“A gente fez o mundo inteiro cantar nossas músicas daqui, internacionalizamos. Todo mundo sabe cantar o samba reggae, sabe o que é o Olodum, Ilê Aiyê. Nossa música é coletiva. É muita coisa boa para a gente celebrar neste verão”, comemorou a cantora e compositora.>