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Cacá Diegues lembrava morte da filha, atriz da TV Globo, como 'dor mais profunda' de sua vida

Cineasta faleceu hoje, cerca de cinco anos após perder a filha Flora para um câncer

  • Foto do(a) author(a) Carol Neves
  • Carol Neves

Publicado em 14 de fevereiro de 2025 às 11:35

Cacá e Flora Diegues
Cacá e Flora Diegues Crédito: Reprodução

Cacá Diegues, cineasta que faleceu aos 84 anos na madrugada desta sexta-feira (14), costumava afirmar que a morte de sua filha, Flora Diegues, em 2019, havia sido sua "dor mais profunda". Flora, atriz de 34 anos, faleceu após lutar contra um câncer no cérebro.

Em uma entrevista à revista Veja, em junho do ano passado, Cacá relatou que a doença de Flora, que começou em 2015, o afastou do cinema. "Passei quase uma década afastado de tudo. Ela ficou doente em 2015 e enfrentou uma batalha de quatro anos contra a doença. Quando Flora morreu, foi um sofrimento que não dá para medir. Perdi o gosto pelas coisas, inclusive o interesse pelo cinema", disse o cineasta.

Flora Diegues como Bianca de Além do Tempo, filha mais velha de Luis Melo) e Salomé  Crédito: Fábio Rocha/Gshow

Ele ainda mencionou que Flora, que era roteirista, diretora e atriz, lhe ensinou muito. "Eu tinha escrito um roteiro de um filme em que ela atuaria. Era sobre o encontro de duas mulheres de gerações diferentes, as duas tentando fazer política. Joguei fora porque simplesmente não poderia fazê-lo com outra pessoa. Antes, não parava de pensar: 'O que Flora iria dizer sobre isso?'. Hoje, não é mais assim, embora todo dia me lembre dela. Nunca vai sair da minha cabeça, do meu coração."

Apesar de se afastar da carreira durante o período de luto, Cacá nunca considerou abandonar a profissão. "Tive momentos de profunda decepção, de reflexão sobre o país e de pessimismo. Foram tempos duríssimos, que coincidiram com a morte da minha filha. Isso me deixou muito abalado, deprimido, me tirou do ar. Mas abandonar a carreira, não. Não sei fazer outra coisa."

Ao longo de sua carreira, Cacá Diegues dirigiu filmes emblemáticos como  "Xica da Silva" (1976), "Bye Bye Brasil" (1979) e "Deus É Brasileiro" (2003), consolidando seu nome no cinema nacional. Desde 2018, ele ocupava a cadeira 7 da Academia Brasileira de Letras (ABL).