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Conheça Emar Batalha, joalheira queridinha de famosas como Carolina Dieckmann e Preta Gil

A designer de joias capixaba Emar Batalha, faz sucesso entre celebridades e acredita que a baiana gosta de ‘ousar’

  • Foto do(a) author(a) Victor Villarpando
  • Victor Villarpando

Publicado em 19 de novembro de 2014 às 18:43

 - Atualizado há 2 anos

A designer faz as clientes refletirem sobre as peças que compram (Fotos: Divulgação)As joias de Emar Batalha fazem sucesso com famosas como Carolina Dieckmann, Preta Gil, Luiza Brunet e Maria Fernanda Cândido. Sinônimo de badalação em metais nobres, a capixaba é formada em contabilidade e começou a trabalhar com moda vendendo joias na faculdade. Metódica, adora o processo de planejamento das coleções. Com a agenda cheia de compromissos sociais, ela escolheu Salvador para abrir sua primeira loja no Nordeste, mês passado, no Apipema Center (Rua Sabino Silva, em Ondina). Por telefone, conversou com o CORREIO, enquanto recebia 30 mulheres para uma festa de aniversário em sua loja paulistana, que fica nos Jardins. Confira.

Como você entrou na moda?

Há 12 anos, vendendo joias na faculdade. Eu cursava contabilidade. Aí comprava de outros designers e revendia. Fazia isso para pagar a mensalidade. Comecei a fazer peças para clientes que pediam coisas diferentes. Aí fui melhorando as técnicas e fazendo sucesso.

Como é seu processo criativo?

Tenho dois caminhos: trabalho com encomendas de clientes ou coleções. No primeiro caso, entendo o pedido, sento e faço o projeto. Por exemplo, outro dia a (cantora) Preta Gil me encomendou um presente para o casamento do (jornalista e apresentador) Bruno Astuto com o (estilista) Sandro Barros. Estudei os perfis deles e desenvolvi joias específicas. No segundo caso, lanço coleções de 3 a 4 vezes por ano. Planejo os caminhos que quero para elas, tipo se vai ter pedras coloridas, influência oriental ou brasileira. Aí vou desenvolvendo ideias em que já tinha pensado. Por exemplo, a Twist, meu lançamento mais recente, foi inspirada em cabos elétricos que passavam na frente da janela do meu quarto quando eu era criança. Sempre via aquilo retorcido e tinha vontade de transformar. E consegui levar um pouco de energia, eletricidade, para os clientes.Bem acompanhada: Emar, entre a modelo e apresentadora Fernanda Motta e as atrizes Luiza Brunet e Maria Fernanda CandidoQuando uma peça fica pronta?

Sempre planejo tudo. Sei quantas peças vai ter cada coleção: x colares, y brincos... Faço o projeto, desenho e coloco para produzir. É como se fosse uma produção de roupa numa confecção. Já chego na banca do meu ourives com tudo projetado. Lógico que tem algumas peças que, depois de prontas, são modificadas, tanto nas pedras, quanto na cor ou nas proporções.

Por que sua primeira loja do Nordeste é em Salvador?

Primeiro, porque já tenho uma parceira de muitos anos aí, a Andressa Mendes. Ela foi minha assessora de imprensa em Vitória e era tão apaixonada pelas joias que, quando foi morar na Bahia, disse que trabalharia as peças aí. E já faz isso há uns 9 anos. Acho que a baiana tem identidade com minhas joias porque é uma mulher que ousa. Desde criança, tenho relação muito forte com a Bahia. E depois fiquei muito amiga da Preta Gil, já passei uns oito carnavais com ela.

Como assim, a baiana ousa?

Gostas de brincões, de coisas coloridas, de se enfeitar... Acho que isso fala com minhas joias. Por ter praia, as baianas têm um gosto mais parecido com o de nós, capixabas. Em Brasília, por exemplo, noto que as mulheres curtem coisas mais parecidas com as que vendem mais em São Paulo, por exemplo.

Qual é o diferencial de seu trabalho?

Ao mesmo tempo em que tenho pegada contemporânea, ouso muito nas combinações de cores improváveis. Procuro não repetir muitas peças, criar bastante, e fazer peças atemporais. Você sempre vai encontrar na vitrine uma peça que comprou há dez anos. É prazeroso saber que uma peça comprada há 10 anos continua atual. Joia tem uma relação de mais afeto do que roupa. Sempre que você compra uma é um momento importante. Não gosto de modismo demais. Procuro ter em minhas coleções desde itens rocker, com spikes, até uma pedra mais clássica. Falo com minhas clientes que joia não é um investimento, mas sempre aconselho a pensar se ela gostaria de deixar aquilo para uma filha ou uma neta. A amiga Preta Gil posa, toda poderosa, com jóias de Emar: de outros CarnavaisQual parte do trabalho é sua preferida?

Gosto do projeto em si, desenvolver a coleção e vê-la sendo finalizada, chegando à vitrine. E ver as pessoas recebendo. É como o nascer de um filho, é muito prazeroso. Também tem a parte social, dá para fazer amigos em todos os lugares, tanto no Brasil, como fora do país. Tudo por conta do meu trabalho.

E a você que menos gosta?

A menos legal é a sequência do social. E acaba entrando um pouco em contradição com o que eu gosto. Ao mesmo tempo que o trabalho me permite fazer amizades e conhecer todo mundo, a agenda é muito cheia. Isso de ter que estar quase ao mesmo tempo em muitos lugares diferentes é bem cansativo. A voz rouca é normal para mim.

Que designers você admira?

Karl Lagerfeld é um cara incrível. Na arquitetura, o Niemeyer fez história. Na Bahia, tenho gosto muito do (estilista) Vitorino Campos. É um menino que ainda vai brilhar muito. Está sendo muito bem visto pelo Brasil todo e tem um potencial grande.