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Chegou a hora de abandonar o WhatsApp, diz o New York Times

Saída do fundador Jan Koum é vista como algo negativo para o aplicativo de mensagens

  • D
  • Da Redação

Publicado em 6 de maio de 2018 às 20:30

 - Atualizado há 2 anos

. Crédito: Reprodução/Shutterstock

Zap, zap-zap, WhatsApp... seja lá como você chama o aplicativo de troca de mensagens pelo celular saiba que ele pode estar com os dias contados. Pelo menos é o que foi divulgado neste final de semana pelo jornal estadunidense The New York Times, um dos mais influentes do mundo. 

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O cofundador do WhatsApp Jan Koum anunciou a própria saída da empresa responsável pelo app de mensagens e também do conselho de administração do Facebook. A decisão, segundo o jornal, é um duro baque da empresa e pode sinalizar um momento de apagar o aplicativo da oferta de serviços de mensagens no mundo. 

Ainda segundo o jornal, o cofundador do aplicativo ficou cada vez mais preocupado com a quantidade de informações que o Facebook - que também é dono do WhatsApp -  coletou sobre as pessoas e queria proteções mais fortes para esses dados, disse a pessoa. Koum discutiu a saída da empresa desde o final do ano passado.Siga o Bazar nas redes sociais e saiba das novidades de gastronomia, turismo, moda, beleza, decoração, tecnologia e pets: "O respeito por sua privacidade é codificado em nosso DNA, e construímos o WhatsApp em torno do objetivo de saber o mínimo possível sobre você", escreveu Koum em um post após vender o WhatsApp por US$ 19 bilhões. "Se a parceria com o Facebook significasse que precisávamos mudar nossos valores, não teríamos feito isso".

Um dos motivos da crise é por conta da influência das empresas do grupo do Facebook nas eleições. A companhia, localizada na região do Vale do Silício, nos EUA, tem analisado de forma minuciosa como os agentes russos a usaram para influenciar os eleitores antes da eleição presidencial de 2016 e, mais recentemente, pela falta de proteção de dados para seus mais de 2,2 bilhões de membros. O assunto ganhou atenção após revelações de que a consultoria britânica Cambridge Analytica havia coletado indevidamente informações de cerca de 87 milhões de usuários do Facebook.

As controvérsias provocaram divergências entre os principais executivos do Facebook sobre como lidar com as questões. Em março, o The New York Times informou que Alex Stamos, diretor de segurança de informações do Facebook, pretendia deixar a empresa após uma disputa interna sobre como lidar com a ameaça dos esforços de influência russos. O Facebook também reformulou os principais postos de seu escritório em Washington, onde assuntos de lobby e política são tratados.

Em março, Brian Acton, que co-fundou o WhatsApp com Koum e que desde então deixou a empresa, escreveu no Twitter que era hora de excluir o Facebook após as revelações da Cambridge Analytica.

Início Koum e Acton, que se conheceram no Yahoo durante uma auditoria de segurança para a empresa, fundaram o WhatsApp em 2009. Originalmente, o serviço era uma forma de as pessoas dizerem aos amigos e familiares se estavam disponíveis para escrever e conversar. Mas, logo se transformou em uma maneira geral e gratuita de enviar mensagens sem a ajuda dos serviços administrados pelas operadoras de telefonia celular, como a Verizon e a AT&T.

Fontes do Facebook citadas pelo jornal norte-americano revelam que Koum estava cada vez mais preocupado com a forma como a tecnologia recolhe dados dos usuários. A ideia dele era afastar o WhatsApp deste cenário.

A publicação alerta ainda que os membros do conselho do Facebook não se preocupam com questões de segurança e privacidade, e os colaboradores do WhatsApp temem que o aplicativo seja usado para recolher ainda mais dados.

Durante a gestão de Koum, o WhatsApp compartilhou poucos dados com o Facebook, mas, com a saída dele, é provável que o Facebook tenha mais facilidade para reunir mais informações sobre os usuários, aponta o jornal.

De acordo com dados do próprio grupo em 2017, o WhatsApp tem 1,5 bilhão de usuários ativos - que  trocam cerca de 60 bilhões de mensagens diárias.

Fundador pode perder US$ 1 bi A saída de Jan Koum, fundador do WhatsApp, do Facebook pode custar a ele US$ 1 bilhão (R$ 3,55 bilhões). Isso porque ele decidiu deixar a companhia antes das datas finais de concessão de ações a que tinha direito. Quando o Facebook comprou o WhatsApp, Koum levou 24,9 milhões de ações restritas como parte do acordo.

As ações restritas estão condicionadas a certos fatores estabelecidos no momento do acordo. Segundo a agência de notícias econômicas Bloomberg, Koum ainda teria três lotes de ações em março, agosto e novembro deste ano. Os prêmios, contudo, dependem de ele estar empregado. O total é de 5,8 milhões de ações – que somam cerca de US$ 1 bilhão, segundo a Bloomberg. O executivo, portanto, vai deixar de ganhar esse montante se sair da empresa antes de 15 de maio. Ele anunciou seu desligamento no último dia 30 de abril, mas o Facebook não confirmou em que data sua saída será oficializada.

O executivo, segundo a Bloomberg, só não perderá o direito a esse dinheiro se sua saída for entendida como rescisão ou renúncia involuntária por uma boa causa. Não estão claros, porém, os motivos que levaram Koum a querer se desligar.

Em mensagem divulgada na segunda-feira, ele afirmou que está na “hora de seguir em frente” e fazer coisas fora da tecnologia, “como colecionar Porsches e jogar frisbee”, disse. Ele teria entrado em conflito com outros executivos por não aceitar o uso de dados de clientes, segundo reportagem do “Washington Post”.

Whatsapp e Facebook farão chamadas de vídeo em grupo O WhatsApp e o Instagram vão permitir, em breve, que usuários façam chamadas de vídeo em grupo. A novidade foi anunciada por Mark Zuckerberg, CEO do Facebook,  durante a F8, conferência para desenvolvedores da empresa, na terça-feira (1º), nos EUA. Segundo Zuckerberg, os usuários do WhatsApp gastam quase dois bilhões de minutos por dia em chamadas de voz e vídeo.

Com o novo recurso, que deve ser liberado nos próximos meses, será possível que até quatro pessoas participem de uma chamada. Atualmente o aplicativo faz conferência entre duas pessoas. 

O Instagram, por sua vez, permite atualmente apenas conversas em texto. Com isso, o aplicativo da rede social de fotos ganhará de uma só vez a capacidade de fazer ligações em vídeo e de reunir mais indivíduos em uma só chamada.

O WhatsApp também vai ganhar stickers, uma espécie de adesivo aplicado a imagens, ferramenta comum em aplicativos que permitem mensagens instantâneas, como Snapchat e Instagram Stories. O recurso Status do WhatsApp, em que as pessoas publicam fotos ou vídeos curtos que se apagam em 24 horas, tem 450 milhões de usuários ativos por dia, um crescimento de 15% em relação ao ano passado. A marca ultrapassou o número de usuários do Snapchat, de 191 milhões.

Zuckerberg também anunciou que o Facebook vai lançar óculos de realidade virtual a US$ 199, que quer aumentar a privacidade do usuário, ao permitir que se limpe o histórico de navegação, e que vai entrar no mercado de paquera, com a criação de um concorrente para o Tinder.

A plataforma permitirá ao usuário criar um perfil de paquera separado daquele da rede social, e os amigos do Facebook não serão notificados de quaisquer atividades feitas na ferramenta de namoro. “As pessoas já usam o Facebook para conhecer pessoas, e queremos melhorar essa experiência”, explica um post no blog oficial da empresa. A previsão é que os testes do novo recurso comecem ainda este ano. A funcionalidade, que vem sendo chamada não oficialmente de “Facebook Dating”, será visualizada somente por aqueles que têm o status de relacionamento como “Solteiro (a)”.

Este foi o primeiro anúncio de novas tecnologias pelo Facebook desde o escândalo com a empresa Cambridge Analytica, que usou dados de 87 milhões de pessoas para fins políticos sem consentimento, e fez com que Zuckerberg fosse convocado pelo Congresso norte-americano para se explicar.