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Carol Neves
Publicado em 20 de março de 2025 às 08:54
A noite de Réveillon de 1988, que deveria ser de celebração, transformou-se em uma das maiores tragédias da história do Brasil. O naufrágio do Bateau Mouche IV, na Baía de Guanabara, tirou a vida de 55 pessoas, entre elas a atriz da Globo Yara Amaral, que estava no auge de sua carreira. A tragédia, que completará 36 anos, ganha novos olhares com a estreia da série documental "Bateau Mouche: O Naufrágio da Justiça", já disponível na plataforma de streaming Max.>
Yara Amaral, então com 52 anos, estava a bordo do luxuoso passeio que levava 142 pessoas para assistir à queima de fogos em Copacabana. A atriz, que tinha medo de água e não sabia nadar, cedeu aos pedidos de uma amiga, Dirce, para embarcar na viagem. Segundo relatos de sua família, Yara sofreu um ataque cardíaco ao perceber que o barco estava afundando. "Quando ela foi ao banheiro e viu a água subindo no vaso sanitário, ela teve um infarto. Na verdade, ela não morreu afogada, mas de susto", contou Larize Ferreira Amaral, sobrinha da artista, ao Uol. A mãe de Yara, Elisa Gomes, de 73 anos, também estava no barco e morreu.>
Nascida no interior de São Paulo e criada no bairro do Belenzinho, na capital paulista, Yara Amaral construiu uma carreira brilhante no teatro e na televisão. Ela conquistou o Prêmio Molière de Melhor Atriz em 1970 por sua atuação na peça "Réveillon", de Flávio Márcio, ao lado de nomes como Regina Duarte e Sérgio Mamberti. Na TV, destacou-se em novelas como "Dancin’ Days", "Guerra dos Sexos" e "Fera Radical", consolidando-se como uma das grandes atrizes de sua geração. >
O naufrágio do Bateau Mouche IV ocorreu poucos minutos antes da virada do ano, quando a embarcação virou nas águas da Baía de Guanabara. Além de Yara e sua mãe, outras 53 pessoas perderam a vida na tragédia, que chocou o país e levantou questões sobre a segurança das embarcações turísticas. >
A série documental "Bateau Mouche: O Naufrágio da Justiça" promete revisitar os detalhes do acidente, além de homenagear a trajetória de Yara Amaral e das outras vítimas e refletir sobre as falhas que levaram à tragédia. Veja o trailer da produção:>