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Americanos se empolgam com elogios a Wagner Moura no filme ‘Guerra Civil’

Longa liderou a bilheteria nos Estados Unidos

  • Foto do(a) author(a) Alô Alô Bahia
  • Alô Alô Bahia

Publicado em 17 de abril de 2024 às 18:32

Wagner Moura Crédito: Divulgação

O filme “Guerra Civil”, de Alex Garland, chegou aos cinemas dos Estados Unidos na sexta-feira, 12, e liderou a bilheteria do país durante todo o fim de semana, arrecadando 25,7 milhões de dólares, de acordo com informações da revista Veja. Além dos elogios rasgados à produção, a imprensa internacional anda chamando atenção para outra coisa…

“Podemos finalmente nos concentrar no elemento mais importante do filme: o quão gostoso Wagner Moura está nele”, escreveu o jornalista Kevin Fallon para o The Daily Beast.

Nas redes sociais, a repercussão tem sido na mesma linha. “Pessoal, acabei de ver Guerra Civil e foi um filme tão lindo, perturbador, intenso e visualmente deslumbrante. Wagner Moura também é um gostoso”, disse um usuário do X, o antigo Twitter. “Desculpa, sinto muito, mas tô presa em Guerra Civil: Wagner Moura está tão gostoso nesse filme, porque todos os seres humanos concordam. De qualquer forma, Wagner é um ator tão bom e talentoso que merece muitas oportunidades incríveis como essa”, acrescentou outra.

De camisa sempre justa ao corpo, devidamente malhado, Wagner Moura interpreta Joel, um jornalista de guerra que faz parceria com a fotógrafa Lee (Kirsten Dunst) para capturar as atrocidades do país devastado pela guerra.

No Brasil, a participação do ator baiano também vem chamando atenção: nome dele entrou na lista dos assuntos mais buscados no Google Trends nesta terça, 16, com mais de 10 mil pesquisas.

Sobre o que fala “Guerra Civil”

Ambientado em um mundo distópico, onde os Estados Unidos vivem uma guerra civil, Kirsten Dunst (“Homem-Aranha” e “Maria Antonieta”) e Wagner Moura (“Tropa de Elite” e “Narcos”) interpretam dois jornalistas da agência de notícias Reuters. Dunst é uma fotojornalista e Moura, um repórter.

Em meio ao conflito terrestre, que é mostrado pelo diretor Alex Garland (“Ex_Machina: Instinto Artificial” e “Aniquilação”) como um perigo constante, os protagonistas embarcam em uma jornada para chegar a Washington D.C., com o intuito de conseguir um furo de reportagem com o Presidente – antes que a oposição chegue à capital e o derrube do poder.

Outros dois personagens se juntam aos protagonistas nessa jornada: Sammy (Stephen Henderson), jornalista do The New York Times e amigo de longa data da dupla, e a jovem Jesse (Cailee Spaeny), que aspira ser uma fotojornalista de guerra.

Eles fazem a viagem de carro e, ao longo do caminho, veem os horrores da guerra, chegando a ser reféns dela. A direção buscar dar ênfase na violência destacando os registros feitos pelas fotojornalistas.

Moura, que em muitos momentos é usado como alívio cômico da trama, protagoniza uma das cenas mais impactantes do longa – que ele revelou o ter deixado destruído. A cena em questão retrata o olhar nacionalista de um soldado norte-americano, que faz uma distinção entre “os tipos de americanos”.

Os posicionamentos políticos não ficam claros ao longo da trama, mas desperta uma discussão ética sobre o fotojornalismo e a cobertura de uma guerra.

“A gente registra para que os outros questionem”, diz a personagem de Dunst quando Jesse pergunta sobre como ela reage às atrocidades de uma guerra quando está fotografando.

O filme também coloca em evidência como a imprensa pode perder seu ofício em meio aos conflitos. Mesmo em momentos em que os jornalistas usam coletes escritos “imprensa”, que também é sinalizado no carro, eles estão sujeitos a serem atacados.

“Guerra Civil” consegue trazer uma montanha-russa de emoções, com tiroteios e explosões em todos os atos do filme, e termina deixando uma série de questionamentos sobre a sociedade e futuro.

A produção chega aos cinemas brasileiros na quinta-feira (18).

Carreira internacional de Wagner Moura

O novo filme ‘Guerra Civil’ estreia no Brasil amanhã (18), mas a carreira internacional do ator está bem consolidada. Seu último filme nacional foi em 2014, quando estrelou em “Trash: A Esperança Vem do Lixo”. Em 2019, ele ainda dirigiu seu primeiro filme “Marighella”.

Relembre agora outras participações de Wagner Moura em produções internacionais:

Em Elysium (2013), o ator interpreta um cientista que ajuda as pessoas a subir até a estação espacial onde vivem os super-ricos. Ele estrela ao lado de Matt Damon e Jodie Foster o filme sobre um futuro onde as classes estão divididas: enquanto os pobres permanecem na Terra, os bilionários têm o seu lugar.

Sua ascensão, entretanto, foi interpretando Pablo Escobar no seriado Narcos (2015), onde foi extremamente elogiado e indicado a prêmios.

Ele também estrelou em Wasp Network: Rede de Espiões (2019), filme que conta a história real de cinco presos políticos cubanos capturados pelos Estados Unidos por espionagem e assassinato. No longa, ele interpreta um dos prisioneiros.

Sergio (2020) traz Wagner Moura estrelando como um brasileiro em um filme americano. O longa fala do diplomata da ONU Sergio Vieira de Mello e sua atuação durante a invasão americana no Iraque.

Na série Iluminadas (2022) da Apple TV+, ele interpreta um jornalista que tenta entender a relação entre dois casos: uma mulher é alvo de um ataque e descobre que um assassinato recente está ligado ao seu ataque.

Em Gato de Botas 2: O Último Pedido (2022), o ator mostrou que não havia barreiras internacionais em sua carreira quando deu voz ao vilão do filme. Seu papel foi indicado ao Annie Awards, o Oscar da animação, como Melhor Atuação em Voz.

E por fim, antes de seu papel em “Guerra Civil”, ele já tinha ganhado destaque na série Sr. e Sra. Smith (2024), em que participa de dois episódios ao lado de Donald Glover, um dos criadores da produção.