Advogado afirma que Deolane foi presa por compra de Lamborghini de R$ 4 milhões

O veículo teria sido vendido pelo dono da Esportes da Sorte, empresa acusada de promover jogos ilegais

O dono da Esportes da Sorte, Darwin Henrique da Silva Filho, foi questionado nesta quinta-feira (5) sobre a venda de uma Lamborghini de R$4 milhões para a advogada e influenciadora Deolane Bezerra. A investigação da Polícia Civil sobre o caso como possível lavagem de dinheiro questionou a legalidade da Esportes da Sorte.

Segundo o advogado de Darwin, Ademar Rigueira, as operações da empresa foram legais. “Ele foi questionado sobre os bens que adquiria de maneira absolutamente legal e eram declarados em seu Imposto de Renda. Inclusive, outras pessoas, como a própria Deolane, também estão sendo investigadas por essas movimentações financeiras, o que é um absurdo”, afirmou à Globo.

O veículo está em nome da Bezerra Publicidade e Comunicação Ltda, empresa de Deolane em parceria com sua irmã, Daniele. Avaliada em R$3,9 milhões, a Lamborghini Urus 2023 está sendo usada pela advogada desde fevereiro deste ano, quando começou a ser mostrada nas redes sociais de Deolane.

A 2ª Vara Criminal de Pernambuco determinou um mandado de busca e apreensão para o carro, alegando que a compra da Lamborghini teve participação da Esportes da Sorte. A plataforma de apostas esportivas é acusada de promover jogos ilegais e lavagem de dinheiro, redirecionado para o patrocínio de clubes de futebol brasileiros.

O veículo teria sido importado pela Sports Entretenimento e Promoção de Eventos Esportivos Ltda, empresa do diretor-executivo da Esportes da Sorte, Darwin Henrique da Silva Filho. De acordo com o “Metópoles”, Deolane afirmou ter comprado o carro de Darwin, em seu depoimento à Polícia Civil.

Segundo a Secretaria Nacional de Trânsito (Senatran), a Lamborghini tem 666 cavalos de potência e motor de 3966 cilindradas, sendo movida a gasolina. Em fevereiro e março deste ano, foram registradas duas multas para o carro, por excesso de velocidade e circulação em data e horário não permitidos pelo rodízio em São Paulo.

As suspeitas relativas à Esporte da Sorte se iniciaram quando uma operação policial em Pernambuco encontrou, em uma banca de jogo do bicho no Recife chamada Caminho da Sorte, placas da empresa de bet. O dono do ponto era Darwin Henrique da Silva, pai do diretor da Esportes da Sorte.