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Acelera Boca de Brasa terá 56 sessões de teatro e música, entre outras expressões artísticas

Todas as apresentações são gratuitas, a partir desta terça-feira (3)

  • Foto do(a) author(a) Roberto  Midlej
  • Roberto Midlej

Publicado em 3 de dezembro de 2024 às 09:06

Andrezza
Andrezza Crédito: Mariana Ayumi

No início deste ano, 143 artistas e coletivos de criação participaram de uma seleção para o Programa de Aceleração de Iniciativas Culturais e Criativas 2024. Dali, 15 projetos foram aprovados e, ao longo de 2024, além de obterem apoio financeiro, os escolhidos participaram de atividades de diagnóstico, planejamento e capacitação. Agora, o público vai conhecer o resultado desse processo a partir desta terça-feira (3), na Temporada Acelera Boca de Brasa.

O público terá acesso gratuito ao trabalho da cantora Andrezza; a comédia do Clube DazMinina; a poesia de NegaFyah; o Samba de Roda de Tubarão e o cantor Vittor Adél, além de outros dez trabalhos. Um ponto em comum: todos eles vieram de uma dessas seis regiões: Cajazeiras; Centro/Brotas; Cidade Baixa; Subúrbio/Ilhas e Valéria.

As atividades e espetáculos serão apresentados em 13 pontos diferentes da cidade, como o Teatro Gamboa, Espaço Cultural da Barroquinha e o Espaço Cultural Boca de Brasa Cajazeiras.

Clube DazMinina
Clube DazMinina Crédito: Marcos Musse

“O Programa de Aceleração de Iniciativas Culturais e Criativas do Boca de Brasa passou por várias etapas e revelou um mundo de diversidade, afinal cada selecionado tem sua singularidade e tem uma relação diferente com seu território de origem. O que o público vai ver nesses 13 dias de evento é um pequeno recorte desse universo enorme”, diz Neto Machado, membro da Conexões Criativas, associação que realiza o Programa de Aceleração de Iniciativas Culturais e Criativas do Boca de Brasa em parceria com a Fundação Gregório de Mattos.

O Boca de Brasa foi criado em 1986 pela Prefeitura de Salvador e tem o objetivo de fomentar a cultura na periferia da cidade. Por isso, os projetos selecionados são de áreas que não fazem parte da região central da capital baiana. “O Boca de Brasa passou por várias gestões, mas tem continuidade e isso é muito importante para a política cultural. Nos últimos anos, foi se transformando e tornou-se um lugar de formação”, ressalta Neto.

Música e Comédia

Uma das artistas selecionadas é a cantora Andrezza, que apresenta o seu Trauma Show nesta quinta-feira (5), às 19h, no Teatro Gamboa. No sábado, ela canta novamente, no Espaço Cultural da Barroquinha, às 20h. Com dois álbuns já lançados, desta vez ela vai priorizar um repertório de inéditas. “Estou há 14 anos na música e o Trauma Show veio num momento de reflexões sobre a jovem artista periférica que teve que ralar muito para conquistar espaço. Na minha trajetória, percebi inúmeros traumas que a profissão acabou deixando em mim”, diz a cantora, que é de Juazeiro. O repertório de Andrezza, segundo ela própria, tem a presença de diversos ritmos, indo do rock até o reggae, maracatu e axé.

Andrezza começou como intérprete, mas decidiu compor e uma de suas inspirações é o compositor Manuca Almeida (1963-2017), coautor de Esperando na Janela, forró gravado por Gilberto Gil. “Ele é meu mentor de vida. Mas em minha casa, a minha formação sempre foi movida por arte. Meus pais, embora não fossem artistas, ouviam muita música, de Calcinha Preta a Ella Fitzgerald”, lembra Andrezza.

Outro destaque da programação são as humoristas do Clube DazMinina, formado por Ana Carolana, Brida Aragão, Naiara Bispo e Renata Laurentino. O quarteto se apresenta nos próximos dias 6, 11 e 13, em três espaços diferentes. Ana Carolana começou a se tornar conhecida por seus vídeos no Instagram e por apresentações solo que fazia no Bloco de Notas, um festival cômico realizado em Salvador. Ali, acabaram criando o grupo.

“De forma geral, os comediantes falam de suas vivências e falamos sobre isso também, além da experiência de ser mulher comediante, num meio dominado pelos homens. Mas nosso texto não se limita a isso. Falamos de tudo, desde carro a política e as fofocas que estão nas redes sociais”, diz Ana Carolana. A comediante diz que o Clube DazMinina tem uma responsabilidade, que é quebrar preconceitos: “Existe um estigma de que mulher não sabe fazer piadas e a mulher sempre foi alvo de piadas feitas por homens. Estamos aqui para mudar isso".

Programação

ANDREZZA – “O TRAUMA SHOW”

● Teatro Gamboa | 5/dez (qui), 19h

● Espaço Cultural da Barroquinha | 7/dez (sáb), 20h | Com tradução em Libras

Cantautora, instrumentista, atriz e produtora musical com 14 anos de carreira e reconhecida como um dos novos expoentes da música baiana, Andrezza, do território Centro/Brotas, é licenciada em Música pelo Instituto Federal Sertão Pernambucano (IFSPE). Carrega em sua trajetória a força de uma jovem periférica que luta para construir seu caminho na música. Destacada pelos vocais poderosos e interpretações intensas, suas letras confessionais são uma mistura de drama, deboche e liberdade, incorporando uma fusão de brasilidades e baianidades com o molho do rock’n’roll. Com dois discos lançados – “ALTO LÁ" (2019) e “EUTRÓPICA” (2022) –, ela estreia seu novo espetáculo, “O TRAUMA SHOW”. Em formato cênico-musical, o show convida a mergulhar nas complexidades do mundo contemporâneo. Interpretando canções autorais e releituras, a artista revela suas vulnerabilidades e contradições para refletir sobre a busca por autenticidade em meio ao frenesi das redes sociais e a um mercado musical que muitas vezes silencia vozes.

ANELIM SILVA – “TEU CABELO, MEMÓRIA”

● Casa do Benin | Abertura: 5/dez (qui), 18h30; Visitação: 6 a 14/dez, ter a sex, 10h às 17h; sáb, 9h às 16h | Com audiodescrição

Com mais de 10 anos de experiência, a artista visual e trancista Anelim Silva, do território Subúrbio/Ilhas, constrói sua prática artística com foco na estética afro, destacando o corpo como espaço de manifestação e transformação. Sua história na arte de trançar começou ainda na infância, ao lado da avó, cuja influência e afetividade a inspiraram a ver o trançado não apenas como uma técnica, mas como uma linguagem ancestral carregada de significados. “Teu cabelo, memória” é uma exposição poética e sensorial que propõe uma imersão no universo das tranças como símbolos de resistência, identidade e memória. A mostra aborda o trançar como um ritual metafísico e de autoconhecimento, impulsionada pelo símbolo de Sankofa – um conceito africano que representa o ato de retornar ao passado para resgatar o que é essencial para o presente. O trabalho funde escultura capilar e fotografias, desenvolvendo narrativas visuais que celebram a riqueza e a beleza do cabelo afro, resgatando histórias que resistem ao tempo e desafiam o apagamento histórico.

BALÉ JOVEM DE SALVADOR – “AREIA 3000”

● Teatro Gregório de Mattos | 3/dez (ter), 20h | Com audiodescrição

● Espaço Cultural Boca de Brasa Subúrbio 360º | 5/dez (qui), 19h30

● Espaço Cultural Boca de Brasa Cajazeiras | 8/dez (dom), 16h

Criado em 2007, o Balé Jovem de Salvador, do território Centro/Brotas, é uma companhia de formação em dança com o propósito de promover a capacitação profissional, contribuindo para a inserção de jovens artistas locais no mundo do trabalho. Em seu vasto repertório de espetáculos, está “Areia”, estreado em 2009. Quinze anos depois, a obra foi reativada e encenada na praia, numa experiência de transposição que faz surgir a coreografia “Areia 3000”. Com elenco de 16 artistas – Dhara Teixeira, Emanuele Ramos, Fernanda Fallace, Iasmim Salume, Jadson Nascimento, Luana Bicalho, Luciano Brito, Luiza Agra, Maria Fontoura, Natália Matos, Paola Vásquez, Raijane Gama, Renata Brito, Sol Lôbo, Talissa Gonçalves e Vanessa Carranza –, a peça tem estética futurista e discute os impactos ambientais que o planeta vem sofrendo. Interagem em cena o movimento e a imagem mítica da cidade de Salvador, expressa nas canções de Gil Vicente Tavares e nas vozes de Cláudia Cunha, Ana Paula Albuquerque e Renata Celidônio.

CIA DE TEATRO JÁÉ – “A COISA VAI FICAR PRETA”

● Espaço Cultural Boca de Brasa Subúrbio 360º | 3/dez (ter), 14h30 | Com tradução em Libras

● Espaço Cultural Boca de Brasa Subúrbio 360º | 4/dez (qua), 14h30

● Teatro Gregório de Mattos | 10/dez (ter), 14h30

Atuante desde 2018, a Cia de Teatro JÁÉ se destaca na cena cultural de Valéria, bairro de Salvador marcado por desafios e adversidades sociais. Com o espetáculo "A Coisa Vai Ficar Preta", faz um grito de resistência e visibilidade às iniciativas que buscam transformar a sociedade por meio da arte, fazendo do teatro um grande agente de intervenção e mudança social. Com dramaturgia e direção de Agatha Virgens, fundadora da companhia, a peça é uma homenagem à história, à cultura e à luta da comunidade negra, protagonizada por um elenco de crianças negras que trazem à cena ícones históricos e símbolos de representatividade e empoderamento. A obra celebra a diversidade e promove um espaço de inclusão e reflexão sobre a igualdade racial.

CLUBE DAZMININA

● Teatro Gregório de Mattos | 6/dez (sex), 18h30 | Com tradução em Libras

● Centro Cultural Sesi Casa Branca | 11/dez (qua), 20h

● Espaço Cultural Boca de Brasa Cajazeiras | 13/dez (sex), 19h

Formado em janeiro deste ano, o Clube DazMinina, do território de Cajazeiras, é pioneiro na comédia stand-up nordestina e reúne as comediantes Ana Carolana, Brida Aragão, Naiara Bispo e Renata Laurentino. Com piadas irreverentes e críticas ácidas, o grupo aborda temas variados com humor inteligente e afiado, conquistando um público cada vez maior. Além de suas performances, elas fomentam a cena da comédia ao abrir espaço para novos talentos, acolhendo comediantes em início de carreira ou em passagem pela cidade. As integrantes têm carreiras diversas e marcantes: Ana Carolana é conhecida nas redes sociais pela essência baiana de seus conteúdos; Brida Aragão, comediante e roteirista, traz reflexões atrevidas para os palcos; Naiara Bispo explora temas sociais em seu stand-up e participa ativamente da formação de novas comediantes; já Renata Laurentino, com 12 anos de experiência, tem se destacado com produções importantes e apresentações em grandes teatros baianos e outras cidades do Brasil.

DÉA RODRIGUES – “BANDEIRA 2”

● Pátio do Espaço Cultural da Barroquinha | 3/dez (ter), 18h30 | Com tradução em Libras e audiodescrição

● Espaço Cultural Boca de Brasa Subúrbio 360º | 5/dez (qui), 18h30

● Espaço Cultural Boca de Brasa Cajazeiras | 7/dez (sáb), 10h

● Rua Silvino Pereira – Uruguai | 8/dez (dom), 10h

● Centro Cultural Sesi Casa Branca | 12/dez (qui), 18h30

● Espaço Cultural Boca de Brasa Céu de Valéria | 14/dez (sáb), 11h

● Ruas da Barra | 15/dez (dom), 9h

Com 12 anos de carreira, a atriz Déa Rodrigues, do território da Cidade Baixa, estreia seu novo espetáculo solo, “Bandeira 2”, baseado em histórias vividas por ela mesma, que entrelaçam o cotidiano e a ficção. Com graça e leveza, o roteiro é construído a partir da sua experiência como artista e taxista. O cenário é inusitado: o seu próprio táxi, também parceiro de cena. A peça é feita para acontecer em espaços abertos, encenando com humor a prática de transportar pessoas. Com colaboração de Jorge Alencar e Eddie Marques, a obra é um desdobramento de um processo criativo intitulado “Tá Livre Aê!?”, que mistura memórias da artista enquanto taxista e ex-condutora de transporte escolar, assim como informações autobiográficas e referências a uma série de obras audiovisuais que destacam personagens motoristas, como os filmes “Taxi Driver”, “Drive My Car”, a série “A Grande Família”, entre outros. Em interação direta com o público, “Bandeira 2” é uma comédia que pisa o pé no acelerador e uma declaração de amor à experiência de dirigir com afeto em tempos desgovernados de aplicativos de transporte.

DELLEN AZEVEDO – “DO(R)M DE MÃE”

● Teatro Gregório de Mattos | 7/dez (sáb), 18h30 | Com tradução em Libras

● Centro Cultural Sesi Casa Branca | 12/dez (qui), 19h30

● Espaço Cultural Boca de Brasa Céu de Valéria | 14/dez (sáb), 10h

Do território da Cidade Baixa, a atriz Dellen Azevedo iniciou sua trajetória nas artes em 2019, já tendo trabalhado com nomes como Jackson Costa e Gordo Neto. Integrante da Cia Teatral Gruporacaso e estudante do Bacharelado Interdisciplinar em Artes na UFBA, ela se move por tudo que lhe afeta, valorizando sentimentos, processos, escritas e trocas. Com direção de Luiz Antonio, “Do(r)m de Mãe” é uma performance teatral que vem sendo desenvolvida desde 2020 e que traz à tona vivências reais e reflexões sobre maternidade, perdas, memórias, afetos e as lutas enfrentadas diariamente por mulheres negras da periferia. O solo dialoga abertamente a respeito dos vários questionamentos sobre os desafios de ser mãe e mulher em uma sociedade profundamente patriarcal e racista, abordando questões como negligência médica, extermínio histórico da população negra e o lugar da mulher negra na sociedade. A performance celebra com alegria as mulheres pretas da Cidade Baixa, cujas histórias foram escutadas no processo criativo do espetáculo.

ISA AKILAH – “UM ENSAIO BANAL”

● Foyer do Teatro Gregório de Mattos | Abertura: 3/dez (ter), 19h30 | Com audiodescrição; Visitação: 4 a 8 e 10 a 15/dez, 13h às 19h

A multiartista Isa Akilah, do território de Valéria, é idealizadora do Maccabriso, um laboratório de experiência continuada. Em ações criativas, concebeu “Um Ensaio Banal” durante a ocupação de uma casa abandonada. Trata-se de uma imersão poética e visual que explora o cotidiano, a banalidade e sua contraface absurda. “De repente, você nasce e, junto a si, um script do absurdo já existe e, normalmente, esse script é banal”, resume a artista. A série reduz barreiras entre poesia, imagem e performance, convidando o público a uma reflexão sobre a rotina e as subjetividades. A obra é uma coleção de cinco capítulos em formato audiovisual que apresentam uma nova perspectiva de emoções e realidades diárias, tratando de temas como insônia, tédio, saudade, amor e morte, narrados pela própria Akilah, cuja voz e presença conferem intensidade a cada palavra e imagem.

JUVENTUDE ATIVISTA DE CAJAZEIRAS (JACA) – “SARAU DE POESIA DO JACA”

● Sede do JACA (Rua Dep. Herculano Menezes – Cajazeiras) | 8/dez (dom), 13h

● Teatro Gregório de Mattos | 14/dez (sáb), 18h30 | Com tradução em Libras

Fundado em 2004, o grupo Juventude Ativista de Cajazeiras (JACA) se dedica à mobilização da juventude de seu território em torno de temas sociais através da cultura. Há dez anos, realiza o “Sarau de Poesia do JACA”, que já impactou mais de 5 mil pessoas e lançou cerca de 30 obras literárias de autores baianos. Transbordando as fronteiras tradicionais da arte, o espetáculo integra múltiplas linguagens em uma experiência rica e profunda. A poesia está na linha de frente, mas dialoga com música, artes plásticas e audiovisual, criando uma vivência sensível, simbólica e crítica. O projeto sintetiza a trajetória do povo africano em diáspora no Brasil, abordando desde a tradição ancestral até as lutas históricas antiescravistas e antirracistas que perduram até os dias atuais. Além disso, olha para o futuro através da lente do afrofuturismo, imaginando e construindo um amanhã próspero e justo. Parafraseando o poeta Giovane Sobrevivente, o “Sarau de Poesia do JACA” mostra a expressão artística chegando antes da bala, convidando à reflexão e enriquecendo a compreensão sobre a resistência e as lutas da cultura africana no Brasil.

NEGAFYAH – “FYAH: DO ÓDIO AO AMOR”

● Casa do Benin | 5/dez (qui), 18h30

● Livraria do Glauber | 14/dez (sáb), 17h

Do território Centro/Brotas, NegaFyah é poeta, performer, atriz, dançarina, mestra de cerimônia, apresentadora, produtora cultural e empreendedora. É curadora e diretora criativa do Slam das Minas, um ecossistema com múltiplas frentes de atuação pela promoção do protagonismo de mulheres negras na literatura. Mulher preta nascida e criada na periferia, Fyah articula arte, religiosidade, coletividade e afeto para organizar seus sentimentos e reconhecer seu potencial transformador. Desdobrando seu espetáculo poético-teatral “Fyah: Do Ódio ao Amor”, ela lança uma coletânea de poemas e contos autorais de mesmo nome, em que explora temas emocionais e espirituais profundos. Este seu primeiro livro aborda a transição complexa e transformadora entre os sentimentos de ódio e amor, explorando como essas emoções podem se entrelaçar, se transformar e evoluir ao longo do tempo. A obra reflete sobre os desafios emocionais humanos e a jornada de cura, autoconhecimento e empoderamento.

ODILLON

● Espaço Cultural da Barroquinha | 6/dez (sex), 20h | Com tradução em Libras

● Centro Cultural Sesi Casa Branca | 12/dez (qui), 20h30

Antes conhecido como DICERQUEIRA, ODILLON surge com uma nova identidade artística e uma vontade renovada de explorar os limites da música. Criado na periferia de Salvador, do território da Cidade Baixa, ele é rapper, cantor, multiartista e profundamente conectado com suas raízes. Embora suas vivências de negritude e sexualidade estejam presentes, deseja que sua arte seja lembrada pela qualidade e pela capacidade de inspirar. Foi o primeiro rapper a vencer o prêmio de Melhor Intérprete Vocal no Festival de Música da Educadora FM. Com novas canções em produção em parceria com o produtor musical Manigga, que foi nomeado ao Grammy Latino em 2024, ODILLON está pronto para levar sua música a um novo patamar. Esse novo momento chega aos palcos agora.

PIXA MINA – “ORÍ”

● Espaço Cultural Boca de Brasa Cajazeiras | 7/dez (sáb), 11h | Com audiodescrição

● Centro Cultural Sesi Casa Branca | 11/dez (qua), 18h30 | Com audiodescrição

● Pátio do Espaço Cultural da Barroquinha | 14/dez (sáb), 19h30 | Com audiodescrição

O Pixa Mina, do território Centro/Brotas, é reconhecido por suas intervenções urbanas e projetos criativos que fortalecem a representatividade e o protagonismo dissidente nas artes urbanas. O coletivo lança sua mais nova ação: “ORÍ”, criando um diálogo profundo entre arte, identidade e território. “ORÍ”, que significa “cabeça” em iorubá, é uma celebração da criatividade, ancestralidade e força coletiva. A intervenção surge a partir de uma imersão criativa vivenciada pelas integrantes do coletivo, em que exploraram suas conexões internas e externas, resultando em produções que misturam linguagens, narrativas e expressões. Os resultados dessa imersão ganham vida em forma de exposições que dialogam com a estética urbana, a resistência dissidente e a riqueza cultural dos territórios onde a ação se desenvolve.

SALUTARI

● Centro Cultural Sesi Casa Branca | 11/dez (qua), 19h

● Espaço Cultural da Barroquinha | 14/dez (sáb), 20h | Com tradução em Libras

Um barítono com voz carregada de regionalidade, que transmite força e serenidade ao mesmo tempo, Salutari, do território Centro/Brotas, é candomblecista, regido por Xangô e Oyá, filho e neto de baianas de acarajé. Cresceu imerso na culinária, nos saberes dos mais velhos e no samba que embalava as manhãs de preparo dos insumos para o tabuleiro. É cantautor, artista plástico, gestor cultural e figurinista, graduando em Artes Visuais pela UFBA. Ele faz o show de lançamento de “Despache”, seu primeiro disco, que emerge de sua pesquisa intitulada “sacromusicalidade afrodiásporica”. É também o primeiro álbum baiano sobre Exu(s), convidando o público a sentir o perfume de dendê e mel, exalando a sabedoria ancestral dos protetores dos caminhos. O trabalho também dialoga sobre a cultura afro-brasileira e a intolerância religiosa, por meio de cantigas religiosas de domínio público e composições autorais de gêneros como lírico, gospel, samba de roda, blues, reggae e rap. Salutari também exibe o documentário “Despache – De Agô a Bandagira”.

SAMBA DE RODA DE TUBARÃO – “SAMBA DE RODA DE TUBARÃO: 10 ANOS DE CONTINUIDADE”

● Praça Professor Raimundo Varella Freire – Praia de Tubarão | 7/dez (sáb), 10h

● Cine Glauber Rocha | 15/dez (dom), 11h

O Samba de Roda de Tubarão é dedicado à celebração e preservação do samba de roda da comunidade de Tubarão, localizada no Subúrbio Ferroviário de Salvador, com raízes no Recôncavo Baiano. Formado por 10 integrantes, dá continuidade ao legado do grupo A Corda Samba de Roda, fundado em 2014. Atualmente, é uma das seis iniciativas culturais administradas e sediadas pela Associação Cultural Quilombo Aldeia Tubarão (QUIAL Tubarão). No repertório, estão samba corrido, samba junino, samba duro e outras variações. O trabalho abrange tanto canções autorais quanto interpretações de obras clássicas do samba de roda da Bahia, mantendo viva a tradição desse patrimônio cultural. Agora, além de abrir a roda, o Samba de Roda de Tubarão apresenta o seu primeiro álbum visual, “Samba de Roda de Tubarão: 10 anos de continuidade”, que conta a história de uma década de trajetória, trazendo uma dimensão ritualística, religiosa, territorial e ancestral. A produção busca promover a profissionalização do coletivo e de seus membros, alcançando novos públicos e expandindo sua presença em diferentes mídias e espaços.

VITTOR ADÉL – “LARANJADA EXPERIENCE”

● Espaço Cultural da Barroquinha | 6/dez (sex), 20h | Com tradução em Libras

● Espaço Cultural Boca de Brasa Subúrbio 360º | 13/dez (sex), 18h30

Cantor e multiartista do território do Subúrbio/Ilhas, Vittor Adél exalta a representatividade LGBTQIA+ dentro do pagodão baiano, a partir da perspectiva da bixa preta interagindo em espaços afetivos, ancestrais e de entretenimento. Dono de um estilo próprio e irreverente, e integrante do Coletivo Afrobapho, ele experimenta misturas rítmicas afrodiaspóricas com batidas que vão do paredão ao pagotrap e pitadas de rap, reggae, house music e R&B. No show “Laranjada Experience”, derivado de seu primeiro EP autoral, “Laranjada” (2023), propõe uma experiência de artes integradas, trazendo elementos pop com dança, performance, moda e arte visual. O projeto conta com um balé de seis bailarinos, sendo dois deles convidados da companhia de dança do Subúrbio Uzarte, além de participações especiais das cantoras Maya e Neftara, com quem recentemente lançou o single “Entre Amigos RMX”, que já tem mais de 20 mil reproduções no Spotify.