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A graça e a simpatia de Adoniran nas telas do cinema

Paulo Miklos interpreta o sambista em um filme com personagens inspirados nas canções de Adoniran Barbosa

  • Foto do(a) author(a) Roberto Midlej
  • Roberto Midlej

Publicado em 24 de março de 2024 às 11:44

Joca (Gero Camilo), Adoniran (Paulo Miklos) e Mato Grosso (Gustavo Machado) na cena em que visitam a casa de Arnesto
Joca (Gero Camilo), Adoniran (Paulo Miklos) e Mato Grosso (Gustavo Machado) na cena em que visitam a casa de Arnesto Crédito: divulgação

Estreou nos cinemas a comédia Saudosa Maloca, que leva o mesmo nome do clássico samba de um dos maiores cronistas da história da música brasileira, o paulistano Adoniran Barbosa (1912-1982). No papel do sambista, está o ex-titã Paulo Miklos, que, a essa altura, já não é mais uma revelação como ator. Desde O Invasor (2001), ele tem tido excelentes atuações em filmes como É Proibido Fumar (2009) e Boleiros 2 (2006).

Mas, ao contrário do que somos induzidos a pensar, o filme não é mais uma cinebiografia de um artista da música brasileira, que, diga-se, tem rendido ótimos filmes. Ao contrário do que tem ocorrido, não é a vida do artista que inspira Saudosa Maloca. Aqui, são as canções que inspiram o enredo do filme. O diretor Pedro Serrano não está lá muito preocupado em ser fiel às passagens da vida de Adoniran, mas em construir uma história repleta de referências às canções.

Então, personagens fictícios que aparecem nas letras de clássicos como Samba do Arnesto e Saudosa Maloca ganham vida e protagonizam o filme. E até versos de Trem das Onze vão parar na boca dos personagens exatamente como aparecem no samba.

No filme, Adoniran, já em torno dos 70 anos de idade, está na mesa de um bar e é atentido pelo jovem garçom Cícero, a quem, em bom "adonirês", ele chama de "Ciço". E, numa viagem ao passado, relembra os causos e pessoas que marcaram sua vida.

É aí que aparecem Joca (Gero Camilo) e Mato Grosso (Gustavo Machado), personagens do samba Saudosa Maloca, que, apesar da melodia contagiante e gostosinha de ouvir, é uma das canções mais tristes da música brasileira. Além disso, uma crítica ao progresso dos grandes centros urbanos. Ou melhor, ao "pogréssio", como diria Adoniran.

Iracema, que, na música, morreu atropelada depois de "travessar" na contramão, também está no filme e ela é o centro do triângulo amoroso que desperta as divertidas brigas entre Joca e Mato Grosso, dois malandros incorrigíveis que têm alergia ao trabalho e só começam a ganhar uns trocados depois de passar pra trás outros malandros num cassino informal que montam dentro da tal maloca onde vivem.

Paulo Miklos, novamente em ótima atuação, diz que, embora seu personagem tenha existido e faça parte do imaginário dos brasileiros, preferiu não tentar imitar seus trejeitos ou seu modo de falar. Mas não tem jeito: Adoniran é tão marcante que, mesmo fugindo da caricatura, Miklos acaba muito parecido com ele. A começar pelo inconfundível e característico bigodinho ralo. "Pedro [Serrano, diretor] me deu liberdade e tem uma coisa importante: os outros personagens são fictícios, então isso me dá ainda mais liberdade para criar o 'meu' Adoniran e não me preocupar em emular o Adoniran real ou copiar seus trejeitos", diz Paulo.

Em pouco mais de 1h40, Saudosa Maloca é uma divertida viagem a uma São Paulo de meados do século passado e uma deliciosa imersão nas canções de Adoniran, que, com este filme, dá às novas gerações uma chance de resgatar sua obra e aos velhos admiradores do compositor - entre os quais este colunista se inclui -, o prazer de procurar na tela os vestígios das letras de Adoniran. É inevitável ouvir determinadas falas e tentar adivinhar de que música elas saíram. Saudosa Maloca não tem a pretensão de ser uma biografia de um dos nossos maiores artistas e Pedro Serrano mostra que o caminho que ele escolheu também pode funcionar muito bem.

Em cartaz: Saladearte (Museu da Vitória e MAM); Glauber Rocha; UCI (Shopping da Bahia e Shopping Barra)

Banda Jammil se apresenta no Humaitá
Banda Jammil se apresenta no Humaitá Crédito: reprodução instagram

Jammil faz show gratuito na Ponta de Humaitá

A banda Jammil e Uma Noites vai celebrar o aniversário de Salvador neste domingo (24), às 16h30, na Ponta de Humaitá, com um show gratuito. A festa integra a programação promovida pela Prefeitura de Salvador pelos 475 anos da capital. A apresentação terá a participação da banda Filhos de Jorge, com quem o Jammil lançou, em novembro, a música No Seu Corre, composição de Manno Góes. O bloco Ilê Aiyê, que comemora os 50 anos de atuação, também se une ao Jammil neste domingo. “Que alegria poder voltar de dois shows incríveis no Canadá direto para celebrar o aniversário de nossa cidade. Esse show será ainda mais especial, com convidados tão bacanas! Os Filhos de Jorge, que tem feito um trabalho muito importante na música baiana, e o Ilê Aiyê, que é um bloco que merece o máximo respeito e que é uma fonte inesgotável de inspiração para todos nós”, comemora Rafa Barreto, líder do Jammil.

Domingo (24), na Ponta de Humaitá. 16h30, Grátis