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‘A Bahia é um luxo’: Ivete celebra a cultura baiana com espetáculo solo no Festival de Verão

Cantora é a única artista a ter participado de todas as edições do evento

  • R
  • Raquel Brito

Publicado em 28 de janeiro de 2024 às 07:25

Ivete Sangalo no Festival de Verão
Ivete Sangalo no Festival de Verão Crédito: Ana Lucia Albuquerque/CORREIO

Quando a assistente social Isabel Melo, 54, assistiu àquela jovem de 27 anos subir no palco da primeira edição do Festival de Verão, em 1999, não imaginava que ela se tornaria a Ivete Sangalo de hoje, mas já torcia para isso. Na primeira música virou fã e, desde então, não perde os shows da cantora. Neste sábado (27), não foi diferente: dançando e cantando todo o repertório, Isabel marcou presença no Palco Cais para ver a musa no Festival de Verão Salvador.

“Ivete é Ivete, né? Ela traz esse espírito baiano, a irreverência, e arrasa”, diz. “E ela já é maravilhosa, mas para esse momento que o Festival completa 25 anos e ela completa 30 de carreira, parece que ela teve uma preparação diferente. Eu sinto que ela quer muito comemorar esse momento. E nós, enquanto público, queremos comemorar junto”, acrescenta.

As histórias de Ivete Sangalo e do Festival de Verão estão interligadas. Única artista a se apresentar em todas as edições, ela cantou no palco do Parque de Exposições pela primeira vez ainda na Banda Eva. Hoje, com 51 anos e 30 de carreira, a artista entregou um espetáculo solo de uma hora, com o tema “A Bahia é um luxo”. Para a cantora, esse luxo se dá em todos os sentidos.

“As pessoas, o lugar, a ancestralidade, a cultura, a força do povo da gente, a beleza desse lugar, que não tem em nenhum outro lugar do mundo. A Bahia é o destino de garantia de bem-estar. Os outros lugares são destinos que você vai descobrir, a Bahia é uma certeza. E é um luxo também porque, culturalmente, a gente tem uma força, uma riqueza e uma potência inigualáveis”, diz.

Num traje vermelho e prateado que referencia as pinturas da Timbalada, ela abriu o show com “Macetando”, um dos hits mais cotados para música do Carnaval. Ao longo da apresentação, o público cantou junto sucessos autorais como Sorte Grande e Dalila, além de músicas de outros artistas, como Faraó, de Margareth Menezes, e Banho de Folhas, de Luedji Luna.

O arquiteto Diego Castro, 25, segue a cantora em cada apresentação, e dessa vez não foi diferente. Coberto de glitter, ele curtiu o show ao lado de três amigos. “Eu estou muito ansioso para o especial de 30 anos aqui em Salvador. Ela cantou músicas dos anos 90 e as novas, foi maravilhoso. Além da música do Carnaval de 2024, Macetando, claro!”, diz.

O casal Ingara, 51, e Ricardo Dantas, 47, coleciona edições do Festival. Nas bodas de prata do evento, o show mais esperado por eles era o de Ivete. “Passamos pela Arena, antes da Arena vínhamos aqui, no Parque de Exposições. Marcamos presença desde o primeiro. Eu me lembro que no aniversário de 15 anos de carreira de Ivete nós ficamos nesse mesmo lugar que estamos agora, assistindo à valsa que ela dançou com 15 cantores”, relembra Ingara.

Quem também estava ansiosa para ver a performance da veterana era a cantora e amiga Preta Gil. “É um show especial, a única cantora que cantou em todas as edições. E ela é minha irmã”, declarou.

Já no fim do show, numa segunda performance de Macetando, a rainha do Festival convidou ao palco o menino Daniel Levi, de sete anos, que ganhou destaque ao dançar com ela no Festival da Virada.