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Tharsila Prates
Publicado em 29 de janeiro de 2025 às 23:08
Até o dia 16 de março, os fãs da Axé Music poderão relembrar o auge do gênero que, neste ano, completa quatro décadas de existência. A exposição Axé: A Força Sonora e Visual de um Movimento ocupa dois andares do casarão da Caixa Cultural, na Avenida Carlos Gomes, em Salvador, de terça a domingo, das 9h às 17h30. A entrada é gratuita.>
O CORREIO visitou a mostra nesta quarta-feira (29) e indica algumas curiosidades que não podem passar despercebidas durante a visita: instrumentos, artistas, figurinos, vinis e até a tal Harley-Davidson de um certo Durval... >
A curadoria é do músico e produtor cultural Jonga Cunha, que promete uma imersão na história do axé, não só como movimento musical, mas como uma revolução cultural que impactou o Brasil e o mundo. "Cada peça aqui exposta tem uma história que merece ser contada e vivida pelo público", afirma Jonga. Confira as indicações e divirta-se.>
Coleção de vinis>
Capas icônicas da história da música baiana estão expostas em uma das salas. São relíquias da banda Cheiro de Amor, Chiclete com Banana, Banda Mel, Asa de Águia, Olodum e Margareth Menezes. O visitante pode relembrar, por exemplo, seis álbuns do Cheiro, banda que completa 45 anos de história: Pimenta de Cheiro (1987), Salassiê (1988), Festa (1989), Suingue (1990), Cheiro de Amor Ao Vivo (1993) e Adrenalina (1993).>
Customizando mortalhas>
Lembra daqueles "vestidões" que o folião usava para brincar o Carnaval dos anos 1980? Era pano que não acabava mais, bem diferente dos atuais abadás. Mesmo assim, tinha como ficar fashion. O grupo Alavontê tinha até dicas: "Como ficar alavontê com a sua mortalha". Primeiro, levante a frente. Depois, dobre para trás. Pegue a parte da frente, jogue para trás e dê um nó. Agora, pegue a parte de trás, jogue para a frente e dê outro nó. Copiou? >
Figurinos de Margareth Menezes>
Quatro modelitos originais, vestidos pela cantora Margareth Menezes, hoje ministra da Cultura, estão expostos no segundo andar da exposição. Tem vestido longo; mais curto, com bordados; outro com uma espécie de capa da cintura para baixo; e um macacão estampado com um superdecote atrás. Não dá para falar de axé sem cantar "Eu falei faraó", eternizada na voz de Margareth.>
Guitarra cor-de-rosa>
Também está na exposição a guitarra cor-de-rosa criada para a cantora Claudia Leitte, em 2003, pelo designer Pedrinho da Rocha. Na época, Claudia estava à frente do Babado Novo e desfilava no palco com esta guitarra superpersonalizada, com direito a desenho a la menina superpoderosa.>
Moto de Durval Lélys>
Logo na entrada da Caixa Cultural, uma Harley-Davidson chama a atenção. Mas não é qualquer uma; é a famosa moto usada por Durval Lélys em suas apresentações com o Asa de Águia, tanto em Carnavais quanto em shows na Bahia e pelo Brasil.>
Deleite>
No segundo andar da exposição, dois tablets colocam à disposição do visitante 48 músicas que marcaram gerações nestes 40 carnavais de Axé Music. Tum Tum Tum Bateu e Le Fudez Vouz, da Banda Mel; Lero Lero, da banda Cheiro de Amor; Margarida Perfumada, da Timbalada; e Vale Night e Vem pro Asa, do Asa de Águia. Ao parar e escutar, a sensação é a de voltar no tempo. Um tempo de alegria.>