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Volta às aulas: entenda como adaptar crianças autistas ao ambiente escolar

Especialistas dão dicas para facilitar a transição de casa para a escola sem ansiedade

  • Foto do(a) author(a) Anna Luiza Santos
  • Anna Luiza Santos

Publicado em 29 de janeiro de 2025 às 17:09

Crianças com TEA precisam de atenção especial no retorno das aulas
Crianças com TEA precisam de atenção especial no retorno das aulas Crédito: Reprodução

Fazer a matrícula, comprar novos materiais e preparar lanche. As voltas às aulas representam uma mudança de rotina para os pais no início do ano, contudo, essa mudança é mais intensa e difícil para pais de crianças com Transtorno do Espectro Autista (TEA), especialmente com nível 3. A fonoaudióloga Dra. Elizabeth Crepaldi de Almeida falou com o CORREIO e sugeriu estratégias essenciais para esse momento ser mais tranquilo para estudantes com autismo.

De acordo com a especialista, a preparação visual e a adaptação sensorial são fundamentais para garantir que a transição para o ambiente escolar seja mais confortável e positiva.

“Uma das estratégias mais eficazes é apresentar a escola de forma visual. Mostrar fotos da fachada, sala de aula, pátio e outros espaços-chave permite que a criança se familiarize com o ambiente antes mesmo do primeiro dia. Além disso, visitas prévias à escola, com a possibilidade de explorar os principais ambientes e conhecer os professores, ajudam na adaptação aos cheiros, texturas e sons do local, reduzindo a ansiedade e possíveis sobrecargas sensoriais”, explica.

Ainda de acordo com a Dra., os pais devem ter atenção às emoções dos filhos, utilizando ferramentas de comunicação para que eles possam falar o que estão sentindo. “Esses recursos podem incluir imagens atualizadas dos professores, colegas, materiais pedagógicos e até mesmo representações de emoções. Oferecer ferramentas que ajudem a expressar sentimentos como medo, cansaço ou desinteresse é essencial para prevenir crises e tornar a experiência escolar mais acolhedora”, destaca.

A volta para a escola deve ser um processo de acolhimento feito inicialmente em casa, ainda durante as férias. Uma boa prática é criar um calendário visual, que mostre os dias de aula, horários e atividades planejadas. O uso de imagens facilita a compreensão da criança sobre o que esperar. Ajustar os horários de dormir e acordar no horário de aula pelo menos uma semana antes do retorno às atividades escolares e incluir algumas tarefas, como organizar a mochila e vestir o uniforme, para criar uma estrutura que ofereça segurança e previsibilidade”, frisou a fonoaudióloga. 

O momento do retorno para casa também exige atenção especial. “Ao invés de fazer muitas perguntas sobre o dia, parabenize a criança pelo tempo na escola e ofereça recompensas simbólicas, como um lanche favorito ou um momento de lazer. Após lidar com desafios sensoriais, sociais e cognitivos, é importante que a criança sinta que seu esforço foi reconhecido”, orienta.

Embora a legislação brasileira, como a Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência, garanta a educação inclusiva em escolas regulares, a realidade ainda apresenta barreiras para os estudantes autistas. Dra. Elisabeth reforça a importância de escolas capacitadas, alinhamento entre pais e profissionais e a promoção de um ambiente realmente inclusivo para que os pequenos com TEA possam desfrutar do ambiente escolar com leveza e acolhimento.