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Veja como fazer marquinha de biquíni ou de fita de forma segura

Biomédica esteta Jéssica Magalhães ensina como proteger a pele e evitar complicações

  • Foto do(a) author(a) Fernanda Varela
  • Fernanda Varela

Publicado em 20 de janeiro de 2025 às 17:09

Marquinha de fita
Marquinha de fita Crédito: Reprodução

Sempre que o Verão chega aparecem muitos adeptos do bronzeamento com uso de fita. O procedimento geralmente é feito em casas de bronzeamento em todo o país. A técnica consiste na aplicação de fitas adesivas no corpo para desenhar marcas simétricas de biquíni ou sunga, utilizando a exposição ao sol ou lâmpadas de bronzeamento para alcançar um bronzeado mais definido.

O procedimento, quando feito artificialmente, é altamente contraindicado pela Organização Mundia de Saúde (OMS), por ser altamente cancerígeno (leia mais abaixo).

Para os que optam por fazer no sol, é necessário tomar cuidados. Se realizado de forma incorreta, o procedimento pode trazer riscos sérios, como vermelhidão, descamação, formação de bolhas e até queimaduras de segundo grau. Outros problemas incluem ressecamento, desidratação, fotoenvelhecimento e alergias cutâneas. Para minimizar os riscos, a biomédica esteta Jéssica Magalhães orienta sobre os cuidados necessários antes, durante e após o procedimento.

Cuidados pré-bronzeamento de fita

Hidratação da pele:

“Antes de realizar o bronzeamento de fita, é importante hidratar bem a pele, aumentando sua barreira cutânea e reduzindo as chances de ressecamento.”

Uso de protetor solar físico:

“Recomendo o uso de protetores solares físicos em áreas mais sensíveis ou propensas a manchas, como rosto, pescoço e mãos.”

Evitar procedimentos que sensibilizam a pele:

“Não faça depilação, peeling químico ou tratamentos a laser pelo menos 72 horas antes do procedimento, para prevenir irritações ou reações adversas.”

Suspensão de produtos com ácidos:

“Produtos com ácidos, como clareadores ou esfoliantes, devem ser suspensos uma semana antes para evitar manchas ou reações na pele.”

Horário da exposição ao sol:

“A exposição ao sol deve ser feita em horários de menor intensidade, antes das 10h ou após as 16h.”

Cuidados pós-bronzeamento de fita

Hidratação da pele:

“Após o bronzeamento, é necessária a hidratação de todo o corpo. Use hidratantes com ingredientes calmantes, como aloe vera ou pantenol, para reduzir o ressecamento e restaurar a barreira cutânea.”

Evitar banhos quentes:

“Evite banhos quentes, já que a pele pode estar sensível, e a água quente pode piorar a irritação.”

Uso contínuo de protetor solar:

“A aplicação de protetor solar diariamente é indispensável para proteger a pele sensibilizada de manchas e outros danos.”

Cuidados especiais para pele negra

A pele negra, por suas características específicas, pode ter maior tendência a desenvolver hiperpigmentação pós-inflamatória em casos de irritação ou queimadura, o que pode gerar manchas escuras de difícil remoção.

Para evitar esses problemas, Jéssica Magalhães orienta:

Protetor solar adequado:

“Escolha protetores solares adequados para peles negras, preferencialmente com FPS 50 ou superior, e que não deixem resíduos brancos.”

Contraindicações:

“Pessoas com pele sensível ou condições como eczema, dermatite e alergias devem evitar o bronzeamento de fita, pois a exposição ao sol ou lâmpadas pode agravar essas condições.”

Por fim, a especialista recomenda que, em caso de dúvidas ou condições específicas de pele, sempre se busque orientação de um profissional qualificado antes de realizar o procedimento.

Risco de câncer de pele

Apesar de todos os cuidados, o bronzeamento artificial é condenado por especialistas. A Organização Mundial de Saúde alerta que o uso de câmara de bronzeamento provoca câncer.

A Iarc (Agência Internacional para Pesquisa do Câncer), braço da OMS voltado para pesquisas da área oncológica, elevou o nível de alerta do bronzeamento artificial. Para a entidade, as cabines usadas no processo deixaram de ser "prováveis cancerígenas" para representar uma causa concreta de tumor de pele --a mesma relação entre o cigarro e o câncer, por exemplo.

A conclusão surgiu depois que um grupo de 20 especialistas concluiu que o risco de câncer de pele aumenta em cerca de 75% quando as pessoas começam a usar câmaras de bronzeamento antes dos 30 anos.

Os raios UVA emitidos pelas câmaras estimulam a produção de melanina (que dá a coloração mais escura da pele). É justamente essa radiação que está relacionada a um maior risco de melanoma, o tipo mais agressivo de câncer de pele.

As lâmpadas usadas nessas cabines são capazes de acelerar o envelhecimento da pele. O excesso de radiação, por sua vez, pode danificar o DNA das células. O melanoma surge quando uma dessas células danificadas se prolifera.

Desde 1992, os raios solares ultravioletas (A, B e C), do mesmo modo que os UVA artificiais de lâmpadas de bronzeamento, são classificados no nível 2 de perigo do Iarc. Com os novos estudos, essa radiação passa a ser de nível 1, que classifica produtos cancerígenos para o homem.

O organismo destaca ainda que "numerosos estudos mostraram uma ligação entre o bronzeamento artificial e o melanoma ocular". "Não somos uma agência reguladora; publicamos resultados científicos para que as agências de saúde nacionais possam tomar as decisões que julguem necessárias", explicou Vincent Cogliano, um dos pesquisadores da Iarc.

Segundo um estudo da Associação Alemã para a Prevenção Dermatológica, realizado no final de 2008, cerca de 14 milhões de alemães com entre 18 e 45 anos fazem bronzeamento artificial e um quarto deste total começou com entre 10 e 17 anos.

Georges Reuter, presidente do Sindicato Francês de Dermatologistas, disse que o "grande perigo é tentar manter o bronzeado durante todo o ano". Segundo Reuter, o limite de sessões de bronzeamento é de dez ao ano. "O outro perigo é a má manutenção das instalações", disse.

As informações são da Sociedade Brasileira de Clínica Médica.

Outras opções

Para quem quer se bronzear sem a exposição ao sol ou a máquinas artificiais, uma boa opção é usar produtos autobronzeadores, que são vendidos em forma de cremes ou loções e possuem substâncias que provocam reação química na pele, mas não estimulam a produção de melanina.

Ou seja, ao invés de bronzear realmente, esses produtos apenas tingem a pele. Apesar de não causarem mal algum, é importante ver se você não tem alergia a algum ingrediente da composição. As recomendações de aplicações e manuseio devem ser seguidas conforme orientação do fabricante.