TPM masculina existe? Saiba o que é a Síndrome do Homem Irritável e como tratar

Embora a Tensão Pré-Menstrual (TPM) seja um sintoma tradicionalmente ligado às mulheres, especialistas em saúde masculina têm alertado para um fenômeno semelhante que afeta os homens: a Síndrome do Homem Irritável (SHI). Marcada por alterações de humor, cansaço e até queda da libido, essa condição está associada à variação nos níveis de testosterona, o principal hormônio masculino.

De acordo com especialistas, os sintomas da Síndrome do Homem Irritável vão desde irritabilidade e impaciência até tristeza profunda, emotividade, estresse, ciúmes e queda do desejo sexual. Essas manifestações são desencadeadas principalmente por alterações hormonais, especialmente a diminuição da testosterona.

“A SHI é real e pode impactar diretamente o bem-estar e a qualidade de vida dos homens, principalmente quando não diagnosticada corretamente”, alerta o urologista Cristiano Paiva, que destaca ainda o impacto psicológico desse desequilíbrio hormonal.

O que provoca a TPM masculina?

As causas mais comuns da SHI estão ligadas à queda acelerada dos níveis hormonais, muitas vezes provocadas por fatores emocionais como estresse, esgotamento mental, excesso de trabalho e ansiedade. Segundo o portal Tua Saúde, essas alterações podem ocorrer em diferentes fases da vida, como adolescência, meia-idade e terceira idade, sendo mais evidentes em momentos de transição física ou emocional.

Além dos sintomas emocionais, os impactos físicos também são significativos. A baixa de testosterona pode resultar em perda de massa muscular, acúmulo de gordura corporal, fadiga, disfunção erétil e maior risco de doenças como diabetes tipo 2 e problemas cardiovasculares. A combinação desses fatores afeta diretamente o desempenho físico, sexual e emocional do homem.

Diagnóstico e tratamento

O diagnóstico da SHI deve ser feito por um urologista, que pode solicitar exames hormonais e avaliar o histórico clínico do paciente. Segundo especialistas, a abordagem inclui mudanças no estilo de vida, psicoterapia e, quando necessário, reposição hormonal sob acompanhamento médico.

Entre as recomendações, estão atividades físicas regulares, alimentação saudável, controle do estresse e sono de qualidade, medidas que ajudam a regular naturalmente os níveis hormonais.