Rafa Kalimann sobre acusações de intolerância religiosa: 'Até hoje sofro as consequências'

A influenciadora Rafa Kalimann se pronunciou sobre as acusações de intolerância religiosa que recebeu após aparecer nos ensaios da Imperatriz Leopoldinense em 2024 sem cantar o samba-enredo da agremiação, que narra a visita de Oxalá ao reino de Xangô. A ex-BBB, que é evangélica, disse que foi vítima de fake news e atacada gratuitamente na internet. 

"Passei por uma questão de intolerância religiosa, as pessoas mentiram e colocaram como uma fake news essa questão [a fé] na minha vida. Foi muito irresponsável, porque quando você cria uma mentira de forma sensacionalista envolvendo um tema tão sério e profundo e envolve a crença do outro, envolvem lugares que sofrem muito preconceito", contou em entrevista ao podcast da Revista WOW.

"Senti na pele como a intolerância religiosa é real. Fui atacada por um lado por ser cristã e, pelo outro, por estar ali cantando e desfilando. Foi como se minha fé fosse deslegitimada dos dois lados"

A namorada do sertanejo Nattan disse que o corte foi divulgado de forma equivocada por uma jornalista para propagar ódio. "A gente passa 40, 50 minutos cantando. Cansa! Nesses momentos, é normal parar de cantar alguns trechos do samba-enredo, até porque é um ensaio. A gente tira foto, sorri para as pessoas, manda beijo e depois volta a sambar e cantar".

Em seguida, Kalimann afirmou: "Ela pegou 15 segundos em que eu estava tirando foto com algumas pessoas e publicou que eu não cantei o samba por causa da minha religião, já que o enredo trazia elementos de uma crença diferente da minha".

Rafa desmentiu que a polêmica tenha sido o motivo do desligamento da agremiação de Ramos e reforçou que respeita as religiões de matrizes africanas. "Nada a ver! Mas, claro, algumas pessoas aproveitaram a fake news para criar essa narrativa também", disse. "Eu olho com admiração e muito respeito para a fé do outro. Sei que, assim como a minha crença é sagrada para mim, a do outro também é para ele. Então, ver meu nome envolvido numa situação de intolerância religiosa foi algo muito doloroso para mim", disparou.

Na entrevista, Rafa ainda contou que visitou o Terreiro de Gantois, em Salvador. "Sentei com a mãe Ângela, mãe Carmem, e conversei com elas porque eu tinha dúvidas, curiosidade, vontade de aprender sobre. Me permito ir lá, conhecer, me aprofundar... Eu admiro, olho e vejo como isso é carregado de cultura, de fé".