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Camila Pitanga abre o coração sobre mãe ter transtorno de personalidade: 'Sempre foi minha filha'

Camila Pitanga fala sobre os desafios e a jornada de reconstrução com a mãe, Vera Manhães, diagnosticada com Transtorno Paranoide

  • A
  • Ana Beatriz Sousa

Publicado em 20 de março de 2025 às 11:19

Camila Pitanga e a mãe, Vera
Camila Pitanga e a mãe, Vera Crédito: Reprodução

A atriz Camila Pitanga sempre foi muito discreta sobre sua vida pessoal, mas, ao longo dos anos, compartilhou um dos aspectos mais delicados de sua história: a relação com sua mãe, Vera Manhães.

Vera Manhães, foi uma bailarina e atriz muito famosa nos anos 1970, mas precisou se afastar da carreira para cuidar da saúde mental. Mais tarde, Vera foi diagnosticada com transtorno de personalidade paranoide, tendo sua filha como cuidadora.

Criada pelo pai, o ator Antonio Pitanga, a atriz enfrentou desde cedo os desafios de ter uma mãe com uma condição mental complexa, mas, com o tempo e a maturidade, encontrou formas de reconstruir esse vínculo.

"Minha mãe sempre foi minha filha mais velha. Minha filha pronta", afirmou Camila em entrevista. A frase revela o peso da responsabilidade que sentiu desde cedo, ao perceber que sua mãe exigia um cuidado diferente. O transtorno de personalidade paranoide é marcado por desconfiança extrema, isolamento e interpretações distorcidas da realidade, o que pode tornar o convívio difícil, especialmente para familiares próximos.

Por muitos anos, a relação entre as duas foi um desafio. "Minha mãe tem síndrome paranoide persistente. Sendo bem honesta, sempre foi muito difícil, pesado, uma responsabilidade e missão que me impingi e da qual não me arrependo", disse a atriz, enfatizando o impacto da condição de sua mãe na dinâmica familiar. No entanto, apesar das dificuldades, Camila e Vera passaram por uma transformação significativa, principalmente com o passar dos anos e eventos marcantes, como a pandemia.

Camila Pitanga e a mãe, Vera
Camila Pitanga e a mãe, Vera Crédito: Reprodução/Instagram

"Talvez isso seja mais trivial para muitas famílias, mas estou falando porque foi uma conquista, uma batalha para a minha... A emoção de quando ela foi vacinada... Eu falei: ‘Cara, não quero que minha mãe morra, quero muito ela viva’". Foi nesse momento que Camila percebeu o quanto desejava a presença da mãe em sua vida. Esse sentimento ajudou a solidificar a nova fase de sua relação, agora baseada na confiança e na troca afetiva.

"Eu estou vivendo o auge do afeto, da troca e do contato. Não que não tivesse antes, mas minha mãe está se permitindo receber mais, eu também. Os atravessamentos do amor estão mais fluidos, livres, desbloqueados do medo, da desconfiança", contou a atriz.

Hoje, com 47 anos, Camila vive um novo momento ao lado da mãe, que tem 74. "Estou tendo um encontro profundo com minha mãe. A gente passou por uma nova etapa de vida, de confiança e amizade." O amadurecimento das duas trouxe um elo renovado, menos permeado pelo medo e mais guiado pelo carinho e compreensão.

A história de Camila Pitanga e Vera Manhães é um exemplo de como o amor pode ser construído e reconstruído ao longo do tempo, mesmo diante de desafios profundos. Para a atriz, esse reencontro tardio com a mãe não apenas curou feridas, mas também trouxe uma nova perspectiva sobre o que realmente significa família.