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Heider Sacramento
Publicado em 14 de janeiro de 2025 às 08:22
Um erro no registro de um jogo vencedor da Mega-Sena gerou uma disputa judicial que já dura 25 anos. Em 1999, um casal de Campo Grande acertou as seis dezenas em um bolão do concurso 171, mas a funcionária da casa lotérica não efetuou corretamente a aposta no sistema da Caixa Econômica Federal.
Sem receber os mais de R$ 675 mil do prêmio, o casal iniciou uma briga judicial que resultou na determinação de uma indenização pelo TRF-3 (Tribunal Regional Federal da 3ª Região).
O tribunal fixou o pagamento de R$ 675.356,57 por danos materiais e R$ 25 mil por danos morais. No entanto, o caso chegou ao Supremo Tribunal Federal (STF), que isentou a Caixa de responsabilidade, alegando falta de nexo causal entre a conduta da funcionária e a instituição bancária.
A situação ganhou destaque novamente após uma mulher identificada como Elza Jesus Almeida, 64 anos, moradora de São Paulo, afirmar que viveu algo semelhante com a Mega da Virada no início do ano, em que deixaria de ganhar mais de R$ 70 milhões.
Segundo a idosa, apenas sete dos oito jogos entregues à lotérica foram registrados, ficando de fora justamente o bilhete com os números sorteados. “Eu falei que ia trazer meu filho dos Estados Unidos pra ficar comigo. Pensei: ‘Vou fazer tudo, vou dar uma casa pra minha neta’”, lamentou.
A idosa relatou que retirou os recibos e deixou a lotérica sem conferir se todas as apostas haviam sido registradas corretamente. Após a divulgação do resultado, ela chegou a comemorar a vitória, mas um de seus filhos decidiu verificar os comprovantes. Foi então que percebeu que apenas os dois primeiros jogos do canhoto haviam sido registrados, enquanto o terceiro, que continha os números sorteados – 01, 17, 19, 29, 50 e 57 – ficou de fora.