Cadastre-se e receba grátis as principais notícias do Correio.
Heider Sacramento
Publicado em 9 de fevereiro de 2025 às 08:50
Durante sua participação no Altas Horas, da Globo, no sábado (8), a cantora Marina Lima falou abertamente sobre a morte assistida de seu irmão, o escritor e compositor Antonio Cicero, que ocorreu em outubro de 2024. A decisão do intelectual de se submeter à eutanásia na Suíça, após um longo período de convivência com o Alzheimer, foi o centro da conversa. >
Marina explicou que o irmão, aos 80 anos, optou por um procedimento legal em países como Suíça e Holanda, onde a morte assistida é permitida. "Há pouco tempo, o Cícero, com 80 anos, optou em fazer um procedimento que no Brasil não é permitido, mas que em países desenvolvidos como a Suíça e a Holanda é, que é uma morte assistida. [...] E ele optou por escolher a hora da morte dele", afirmou.>
Para a cantora, que enfrentou com dor a decisão do irmão, a perda ainda é recente. "Para mim, como irmã, foi duro, mas entendo ele", disse, ressaltando a escolha de Cicero de não viver mais sem memória, após uma vida marcada por grandes realizações.>
Marina também lembrou o impacto duradouro do irmão em sua própria trajetória artística. "Ele compôs a maioria dos sucessos que gravei, que eu canto", afirmou, emocionada.>
Após o falecimento, Marina fez uma homenagem emocionante nas redes sociais. Em uma publicação no Instagram, ela compartilhou um poema escrito por ela e seu irmão, Próxima Parada, e agradeceu o apoio dos fãs. "Estou bem. Entendo meu irmão. Cícero foi coerente com tudo que pensava. Desde o fim. Eu fico aqui. Ainda me sinto potente pra próxima parada. E obrigada, gente, por tanto carinho", escreveu, expressando sua dor e ao mesmo tempo respeitando a decisão do irmão.>