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Elis Freire
Publicado em 28 de janeiro de 2025 às 15:55
A morte de uma mulher de 95 anos ganhou destaque na imprensa nesta semana por circunstâncias inusitadas do caso. Mayya Gil, que superou a invasão nazista na Ucrânia, o desastre de Chernobyl e a pandemia de Covid-19, morreu atropelada por uma van no Brooklyn, em Nova York, no último dia 27. A informação foi divulgada pela revista People. >
De origem judaica, Mayya Gil foi vítima de atropelamento por uma van de carga enquanto atravessava a rua em frente ao prédio onde morava, no bairro do Brooklyn, em Nova York, um dos mais tradicionais da cidade.>
De acordo com documentos da Polícia de Nova York obtidos pelo veículo, Mayya estava acompanhada de seu cuidador no momento do acidente. Os dois foram atingidos pelo veículo. O motorista, que realizava uma conversão à esquerda, não percebeu a presença da idosa que acabou morrendo. Apesar dos ferimentos, o cuidador encontra-se estável e segue internado no NYU Langone Hospital, também localizado no Brooklyn.>
A história de Mayya Gil chamou atenção porque ela sobreviveu à invasão nazista na Ucrânia, vivenciou o desastre de Chernobyl e enfrentou a pandemia de Covid-19.>
Nascida em Khmelnytskyi, na Ucrânia, Mayya fugiu para a capital Kiev aos 12 anos durante a Segunda Guerra Mundial, onde se casou e teve duas filhas gêmeas. Conforme relato publicado pelo site Gothamist, uma das filhas explicou que a família se mudou para Nova York em 1986, após o acidente nuclear em Chernobyl.>
De origem judaica, a família se estabeleceu em Bensonhurst e foi acolhida pelo Jewish Community Center. Mayya era viúva, tendo perdido o marido durante a pandemia de Covid-19, em 2020. Ela contou ao jornal The New York Times: "Não me deixaram vê-lo, e ele estava fraco demais para falar ao telefone. Não pudemos nos despedir”, desabafou na época. >