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Jornalista vai a hospital para cirurgia odontológica e volta amputado, sem dedos e surdo

Entenda o que aconteceu com  Julio Cesar Trindade, de 35 anos

  • Foto do(a) author(a) Fernanda Varela
  • Fernanda Varela

Publicado em 13 de fevereiro de 2025 às 14:21

Julio Cesar Trindade
Julio Cesar Trindade Crédito: Reprodução

O que era para ser uma solução virou um dos maiores pesadelos da vida de Julio Cesar Trindade, de 35 anos. Ele, que é jornalista e DJ, deu entrada no Hospital Casa de Portugal, no Rio de Janeiro, para fazer uma cirurgia ortognática e resolver uma queixa de apneia do sono. A ideia era que ele recebesse alta no dia seguinte, mas o rapaz só voltou para casa mais de 70 dias depois e com amputações pelo corpo. No período internado, 40 dias foram em coma.

“Eu perdi parte dos dedos da mão direita, os dedos do meu pé direito, que é responsável pelo equilíbrio, e a perna esquerda, além de ter ficado surdo do ouvido esquerdo”, contou em entrevista ao Terra.

Segundo Julio foi informado, as amputações foram causadas por uma infecção hospitalar generalizada, pela bactéria Klebsiella pneumoniae. No entanto, ele acredita que houve negligência da equipe de profissionais de saúde. Com a vida totalmente bagunçada, Julio processar a unidade hospitalar e o Bradesco Saúde, sua operadora de plano de saúde.

“Eles tinham que ter medido meus sinais vitais. Eles alegam que mediram, só que o meu pulmão evoluiu de 100% de oxigenação para 80% muito rápido para alguém que verificou os sinais vitais de hora em hora, como deveria ser feito. Quando eu alegava que eu estava com falta de ar, eles me davam Rivotril, dizendo que eu estava tendo uma crise de ansiedade e que eu me tratava com Rivotril antes. Eu nunca tomei remédio controlado na minha vida”, lembra.

Por segurança, Julio contratou uma médica particular de fora do hospital para avaliar o seu quadro. A recomendação recebida é que ele fosse posto em um pulmão artificial e transferido para outra unidade de saúde. Nada disso ocorreu, mesmo com um pedido judicial.

Em nota, o Hospital Casa de Portugal disse que "os fatos apresentados não condizem com a realidade, sendo certo que serão amplamente discutidos e comprovados na esfera judicial". A unidade de saúde diz ainda que as complicações que o jornalista sofreu foram decorrentes da cirurgia feita por uma equipe odontológica externa ao hospital, e que a permanência no Hospital Casa de Portugal durou apenas três dias.

Além de perder a audição de um dos outros, dedos e membros inferiores, Julio também perdeu o nascimento do filho. Atualmente, ele usa uma prótese na perna esquerda e adaptou toda sua casa - o que custou cerca de R$ 150 mil.