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Janela secreta para abandono de bebês em convento causa revolta

Grupos feministas contestam projeto que permite a entrega de recém-nascidos sem identificação

  • Foto do(a) author(a) Heider Sacramento
  • Heider Sacramento

Publicado em 31 de março de 2025 às 08:55

Um local para depositar anonimamente bebês para adoção
Um local para depositar anonimamente bebês para adoção Crédito: Reprodução/Instagram

Uma pequena portinhola embutida na parede de um convento em Zagreb, na Croácia, reacendeu um intenso debate sobre os direitos das mulheres e o bem-estar infantil. Conhecida como Janela da Vida, a estrutura permite que bebês sejam deixados anonimamente para adoção, sem qualquer registro da pessoa que os entrega. A iniciativa, inspirada nas antigas “rodas dos expostos” da Idade Média, tem dividido opiniões entre grupos religiosos e defensores dos direitos femininos.

O sistema opera com sensores de movimento que, ao detectar a abertura da portinhola, acionam um alerta nos celulares das freiras do convento e de integrantes do grupo católico antiaborto Betlehem Zagreb. Uma câmera de segurança monitora o local, mas o ângulo impede a identificação de quem deixa o bebê.

Segundo Alberta Vrdoljak, líder do Betlehem Zagreb, o objetivo principal é evitar tragédias. “O objetivo é salvar vidas e prevenir o infanticídio”, afirmou em entrevista à AFP.

A defensora da iniciativa citou um caso ocorrido em maio do ano passado, quando um recém-nascido foi abandonado em um parque próximo à capital croata. A criança foi resgatada por dois adolescentes e sobreviveu, mas, segundo Alberta, poderia ter tido um destino mais seguro se a Janela da Vida estivesse disponível.

Apesar da proposta de acolhimento, o projeto recebeu duras críticas da Rede de Mulheres da Croácia, que considera a prática uma violação dos direitos infantis.

A organização classificou a Janela da Vida como “ilegal, perigosa e contra o melhor interesse da criança” e pediu sua remoção imediata. Para o grupo, a medida reforça a falta de suporte às mães em situação de vulnerabilidade e ignora a necessidade de soluções mais estruturadas para a proteção da infância.