Em meio a polêmica com Claudia Leitte, Ivete cita racismo e intolerância religiosa: 'Ignorância'

Durante o programa especial do Sem Censura, Tia Má destacou a conexão do Axé com o candomblé, enquanto Ivete fez comentários que foram vistos como indiretas para cantora

A participação de Ivete Sangalo e da influenciadora Tia Má no especial de verão do programa Sem Censura, na última segunda-feira (20), movimentou as redes sociais e reacendeu discussões sobre as polêmicas envolvendo o Axé Music e suas raízes culturais. Durante o programa, Tia Má defendeu a conexão do ritmo com o candomblé, enquanto Ivete fez declarações que muitos internautas interpretaram como uma resposta indireta à cantora Claudia Leitte.

Tia Má, conhecida por sua defesa da cultura baiana, ressaltou a importância do candomblé para o surgimento do Axé. “A gente precisa falar dos terreiros de candomblé, porque se existe Axé Music, que surgiu para ser depreciado, é por causa do axé, que para a gente significa força vital”, declarou. Ela também destacou o papel dos percussionistas que trouxeram o ritmo das cerimônias religiosas para os palcos: “Os maiores percussionistas saíam depois de tocar o ‘rum’, o ‘pi’ e o ‘lé’, clamando os nossos deuses na terra”.

Em seguida, Ivete reforçou a relevância da autenticidade no Axé Music e afirmou que o gênero não deveria ser tratado como algo superficial. “Não precisa emoldurar não. Todo mundo sabe, mas se faz de maluco”, disse a cantora, enfatizando que sua trajetória sempre foi pautada pela proximidade com suas raízes. “Eu aprendi que quanto mais genuína eu fosse, isso seria bom para mim. Eu não teria que viver um personagem e nem correr entre vacilos e erros. Vou poder ser e fluir”, completou.

As declarações de Ivete foram vistas por muitos como uma crítica indireta a Claudia Leitte, com quem a cantora cortou relações no Instagram recentemente. Claudia enfrenta acusações de intolerância religiosa após trocar o nome de Yemanjá por Yeshua na música Caranguejo, o que gerou grande repercussão. O caso foi levado ao Ministério Público da Bahia e segue sendo investigado, trazendo à tona discussões sobre o respeito às raízes do Axé Music e à cultura baiana.